5G e a interferência eletromagnética
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Este ano, a tecnologia 5G ganhou forma e esteve nos holofotes do setor de telecomunicações. No entanto, ainda há desafios que precisam ser superados. Um deles é a interferência eletromagnética, como mostra um artigo publicado nesta edição.
Fabrício Gonçalves Torres, pesquisador do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, explica que uma maneira de reduzir essa interferência é o uso de filtros de radiofrequência (RF), conectados na parte de transmissão ou recepção. “Há diversos filtros disponíveis no mercado, que devem ser escolhidos adequadamente, considerando àquele que proporcione a melhor solução para a prevenção a interferência. Basicamente, os filtros variam de acordo com sua classificação básica, a frequência central, a frequência de corte, o tipo específico e tecnologia empregada.”
O pesquisador do IPT ainda alerta que “a simples aquisição e instalação dos filtros de RF no sistema de transmissão ou de recepção do sinal de RF não é suficiente para garantir que não haverá o risco de interferência do sinal em uma banda indesejada.”
Redes neutras
Mais uma vez as redes neutras são destaque na revista Digital Infra News Telecom. Desta vez, Célio Mello, gerente de produtos da Eletronet, explora a importância deste modelo de negócio na evolução das telecomunicações do país. Na opinião do executivo, “as redes neutras devem se tornar a principal alternativa para viabilizar o aumento dos pontos de conexão que vão fornecer a computação de borda e a migração dos data centers para o edge computing que passam a ter dados descentralizados em diferentes centrais de processamento.”
Data centers e sustentabilidade
Esta edição ainda traz um artigo sobre o consumo de energia nos data centers e a sustentabilidade. De acordo com o autor, as iniciativas de TI verde e a adoção de infraestruturas modernas são fundamentais nesses ambientes, principalmente num cenário de crise global de energia. “Os data centers foram responsáveis pelo aumento em 40% nas contas de energia nos últimos três anos, representando de 10% a 30% dos custos operacionais. Com isso, os líderes passaram a priorizar em seus projetos uma tecnologia de infraestrutura capaz de reduzir esses custos em mais de 50%.”
Para ele, o uso de armazenamento flash, modularização de hardware e o consumo de storage como serviço são algumas estratégias que podem colaborar na economia de energia dos data centers. “A tecnologia flash oferece uma capacidade muito maior por unidade, com unidades no mercado com capacidade de quase 50 TB e que só aumentará nos próximos anos, em comparação com os 20 e poucos TB do disco giratório”, diz.
Outros temas abordados aqui são multicloud, indústria 4.0 e carreira.
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.