A infraestrutura é o alicerce da transformação
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil
Os esforços de transformação digital estão enfrentando um acerto de contas. Apesar de ser uma prioridade para a maioria dos líderes nos últimos anos, uma pesquisa da IDC revela que 47% ainda se sentem significativamente atrasados em relação a isso. Algo ainda não está funcionando e os decisores estão repensando o caminho a seguir.
Muitos percebem que a melhor abordagem requer uma visão mais abrangente que considere todo o ecossistema da empresa, a começar pela base. Em outras palavras, a reflexão se voltará ao que está na “caixa”. Eis abaixo o porquê.
A tecnologia centrada nas pessoas
Segundo Rick Villars, analista da IDC, a transformação digital significa ser digital-first, mas não é uma tecnologia. Não é wireless-first, ou SAN-first, ou PC-first. É uma aspiração organizacional. E, para ter sucesso e se manter competitivo, essa deve ser uma característica da empresa.
É fundamental reconhecer que a transformação é inerentemente humana. As empresas que se concentram no aspecto humano – colocando as necessidades dos clientes e equipes em primeiro lugar – terão melhor desempenho por muito tempo. Mas muitos ignoram a experiência dos funcionários, principalmente das equipes de TI que acabam sobrecarregadas com tarefas repetitivas que são necessárias, mas nem sempre geram tanto valor aos negócios. Estas também são as equipes que precisam apoiar as iniciativas da transformação, expandindo os negócios digitais, integrando novas tecnologias, alavancando as nuvens e muito mais.
Quando estas equipes estão capacitadas com tecnologias simplificadas que as permitem usar melhor o tempo para atividades criativas, elas conseguem aproveitar isso para iniciativas mais amplas de transformação. Mas as infraestruturas legadas não fornecem a agilidade, a resiliência ou a escalabilidade para esta mudança centrada no ser humano. A tarefa, então, se resume em traduzir as metas de transformação digital em capacidades de TI – e não o contrário. E começa na base.
A “caixa” é protagonista
Para executar as aplicações que impulsionam uma transformação digital de sucesso, as empresas precisam deixar a tecnologia legada para trás. Segundo Shawn Fitzgerald, diretor de pesquisa de estratégias de transformação digital na IDC, “embora o software seja importante, o investimento em tecnologia será muito maior em hardware e serviços relacionados à transformação digital”.
Em um estudo com 500 decisores de TI em todo o mundo, conduzido pela Bredin Research e pela Pure Storage, foi registrado que o hardware e as infraestruturas de atualização on-premise ficam no topo do ranking de esforços para transformação digital. Dos entrevistados, 60% estão implementando a próxima geração de infraestrutura de TI para alcançar resultados comerciais; 84% estão fazendo novos investimentos em sistemas de TI e software para apoiar novas iniciativas; e 61% estão procurando acelerar a adoção de novas tecnologias sem impactar as operações existentes.
As empresas estão no caminho certo, mas nem todas as infraestruturas são criadas de forma igual. Agora é um momento crítico para escolher com sabedoria e investir em soluções realmente modernas e à prova do futuro.
O que define uma infraestrutura moderna?
Plataformas de gerenciamento de dados de última geração serão o ponto diferencial entre lutar para transformar em escala e proporcionar experiências centradas no ser humano. Estas soluções estabelecem um novo padrão para o que as empresas podem tirar da caixa – mas isso não para por aí.
As infraestruturas que podem impulsionar o sucesso da transformação devem oferecer uma estrutura de capacidades modernas, inclusive:
• Soluções orientadas por software sempre atualizadas. As antigas responsabilidades administrativas desaparecem quando o software pode ajudar a resolver problemas e permitir o uso das ferramentas que a empresa possui de maneira moderna, sem a necessidade de substituir.
• Suporte ininterrupto e orgânico para aplicações modernas. As aplicações baseadas em nuvem prosperam em uma plataforma que oferece um plano de controle unificado e serviços de dados gerenciados que possam se integrar facilmente com as ferramentas modernas que os desenvolvedores usam.
• Capacidade de autosserviço e automação nativa. Uma camada de abstração robusta desacopla as aplicações do hardware e elimina a necessidade do trabalho manual de back-end. As equipes precisam de ferramentas de low-code/no-code, armazenamento definido por software, gerenciamento e monitoramento de armazenamento automatizados. Dessa forma, os profissionais podem concentrar esforços em atividades mais estratégicas e criativas.
• Escalabilidade para reduzir problemas e limitações. Análises de big data (BDA) e IA – inteligência artificial continuam sendo iniciativas fundamentais para este processo de transformação.
• Consumo as-a-service. Esta mudança contínua em TI tem tudo a ver com resiliência, escalabilidade e agilidade para atender às novas necessidades comerciais de forma personalizada, de acordo com a necessidade e o momento da empresa.
Como resultado de tudo isso, as infraestruturas são enormes oportunidades na transformação digital, criando uma base sólida e escalonável para o futuro. Repensar a transformação de forma centrada no ser humano inclui a tecnologia para TI, os parceiros mais críticos na construção de negócios digital-first. E é nesse momento que as empresas precisam ser categóricas ao definir o que está “na caixa”.
Paulo de Godoy tem 20 anos de experiência no mercado de TI, com foco em vendas de soluções para empresas de armazenamento, segurança, integração e interconectividade. O executivo ocupou cargos de liderança em empresas de destaque no setor tecnológico, como Hitachi, IBM e NetApp. Paulo iniciou as atividades na Pure Storage como gerente de vendas em 2014, e em 2016 assumiu a gerência geral da companhia no Brasil.