A revolução digital e a garantia de um futuro mais eficiente, inovador e sustentável
Este artigo explora a crescente necessidade de rede e conectividade na sociedade do século XXI e como a convergência de tecnologias é fundamental para atender essa demanda.
Vanderlei Rigatieri, CEO da WDC Networks
A crescente dependência da Internet e da interconectividade entre dispositivos têm impulsionado a busca por produtos que sejam fáceis de implementar e operar, desonerando as áreas de TI na mesma medida em que o processo e negócios são automatizados e aperfeiçoados. O avanço da IoT – Internet das coisas associada à evolução das conexões sem fio, cada vez mais rápidas e seguras – recente projeção da consultoria Gartner aponta que instalação de dispositivos conectados no País cresce a uma taxa anual de 13,5%.
Neste artigo, iremos explorar a crescente necessidade de rede e conectividade na sociedade do século XXI – sobretudo no setor corporativo – e como a convergência de tecnologias é fundamental para atender essa demanda, oferecendo soluções práticas e acessíveis que otimizam operações em empresas, residências, indústrias e até mesmo em cidades inteligentes.
Sim, vivemos a era da conectividade e organizações de todos os nichos e portes precisam estar no ambiente online para atuar de forma competitiva no seu mercado. Engana-se quem pensa que precisa apenas contratar um plano de banda larga corporativo e deixar o resto com a equipe de TI para organizar a rede de tráfego de dados. É preciso pensar com cuidado e olhar estratégico para engenharia, tráfego e segurança de dados na implantação de soluções aderentes ao modelo operacional e isso envolve, cada vez mais, diferentes áreas e profissionais especializados dentro das organizações.
Em artigo anterior, comentamos que é mandatório ao provedor de internet ter uma boa infraestrutura para dar suporte às diferentes demandas de conexão e novas formas de convergência identificadas nos clientes, sejam corporativos ou residenciais. É possível extrapolar essa mesma necessidade quando falamos de pontos críticos em conectividade – uma boa estrutura de rede em termos de banda larga, otimização de tráfego, latência e atendimento à digitalização do negócio – e convergência – produtos de fácil implementação e operação no mercado que podem simplificar soluções de TI e outras do negócio, otimizando custos e tempo – às demais empresas.
Infraestrutura de rede
A “boa estrutura de rede” sobre a qual me refiro é muito mais do que a velocidade de banda larga. Para implantar e escalonar sua rede, contemplando conexões, aplicações e dispositivos conectados, a companhia precisa entender como funciona seu volume de dados no trabalho para poder tomar as melhores decisões técnicas e aderentes ao negócio, desde a arquitetura de dados até o balanceamento de rede. Também é imprescindível ter claros os objetivos e os resultados que se espera alcançar.
Essas determinações preliminares é que vão nortear a arquitetura de rede e as configurações iniciais que vão impactar diretamente nos custos e na eficiência da operação da empresa. Ou seja, um planejamento de acordo com a realidade do seu empreendimento ou do lugar onde se quer chegar é essencial para não só montar a infraestrutura ideal, mas também garantir a escalabilidade futura, acompanhando o crescimento da empresa.
Convergência de tecnologias
A convergência de tecnologias é outra estratégia que otimiza processos e ajuda a direcionar os investimentos de forma inteligente. Impulsionada pela conectividade, banda larga e 5G, convergir soluções hoje envolve ecossistemas que incluem recursos de IoT, Inteligência Artificial e aprendizado de máquina promovendo sinergia entre as aplicações e, em consequência, otimizando processos.
É fato que essas inovações geram novas oportunidades, mas também englobam desafios que envolvem a entrega de uma conectividade pronta para atender essas novas demandas e segurança da informação para dados cada vez mais descentralizados em múltiplas nuvens. Um estudo da IDC aponta que a cloud computing mantém ainda posição de liderança entre os setores com maior crescimento em TI – cerca de 20% ao ano.
A integração de múltiplos pontos de coleta e troca de dados é a promessa tecnológica para viabilização de casas inteligentes, empresas inteligentes e cidades inteligentes. Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento do setor de Internet das Coisas, o governo Federal criou o Plano Nacional de IoT, que reúne setor acadêmico, iniciativa privada e estrutura de governança em busca de novas práticas e soluções de automação de dispositivos ou processos.
O principal desafio da iniciativa, como aponta estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), é fazer com que a adoção de IoT não seja restrita aos casos de sucesso entre as grandes empresas, mas que ganhe escala e seja uma realidade também nas pequenas e médias organizações. Um passo importante nessa direção está no programa de capacitação e formação de mão de obra, de entidades como o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial voltado a preparar profissionais que possam lidar com IoT, das indústrias ao agronegócio, em diferentes partes do país.
O potencial das micro e PMEs
Segundo pesquisa recentemente divulgada pela Amazon Web Services (AWS), as micro, pequenas e médias empresas que adotam tecnologias habilitadas para nuvem no Brasil devem gerar R$ 24,3 bilhões de ganhos anuais em produtividade até 2030. Além disso, o crescimento da oferta de soluções e modelos de negócio facilitados, como o “As a Service” facilitou às Startups e PMES investirem em tecnologias conectadas e integradas. Esse é um caminho sem volta para quem não quer perder competividade, uma vez que a grande maioria das pequenas e médias empresas brasileiras concluiu ou está implementando a transformação digital, de acordo com pesquisa da Microsoft.
Em resumo, vivemos uma era onde a interconectividade redefine a maneira como vivemos e fazemos negócios. Nesse contexto, a visão estratégica, a adaptação ágil e a colaboração se tornam os alicerces para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela revolução digital e garantir um futuro mais eficiente, inovador e sustentável.