América Latina e Caribe precisarão de 2,5 milhões de profissionais de TIC nos próximos cinco anos
Redação, Infra News Telecom
A América Latina e o Caribe precisarão de mais 2,5 milhões de profissionais de TIC – Tecnologia da Informação e da Comunicação até 2026, disse um executivo da indústria durante o “LAC ICT Talent Summit”, evento organizado conjuntamente pela Huawei, Unesco e EFE, sobre os resultados de uma pesquisa da consultoria internacional IDC.
Estima-se que haja 6,3 milhões de profissionais com competências digitais para cobrir papéis essenciais e emergentes, de acordo com informações divulgadas durante o evento. O relatório da IDC ainda projeta que até 2026 o número de vagas por novas funções emergentes voltadas para negócios digitais crescerá mais rapidamente do que aquelas para empregos tradicionais de TI.
“Estamos vendo uma rápida digitalização da economia, o que significa que o setor digital não só representa, mas também contribui e transforma uma proporção cada vez maior da produção econômica global, e o talento digital é a base da economia digital”, disse Michael Xue, vice-presidente da Huawei na América Latina e Caribe.
Até 2025, o impacto econômico da lacuna global de habilidades em TIC pode chegar a US$ 1 trilhão, em comparação com US$ 775 bilhões previstos até o final de 2022. Para a América Latina, esse impacto pode representar quase US$ 50 bilhões até 2025, o que significaria pelo menos 1% do PIB regional para o mesmo ano, segundo o relatório da IDC.
A conferência foi realizada nos dias 24 e 25 de novembro e reuniu cerca de 100 especialistas e 150 estudantes. Acadêmicos, decisores políticos, líderes empresariais, estudantes universitários e representantes de organizações internacionais cobriram tópicos tais como o presente e o futuro da educação e da tecnologia, a transformação digital, o mercado de trabalho para profissionais das TIC e os desafios enfrentados pelos países da região para satisfazer a procura de pessoal qualificado e competências digitais.
Também foram discutidas as interações das diversas partes do ecossistema de talentos. Universidades e institutos estão treinando a força de trabalho do nosso futuro e sua infraestrutura ou capacidades serão reforçadas em aliança com o setor privado. As empresas estão contratando pessoas, para que saibam quais especialidades são necessárias e, ao mesmo tempo, estão moldando a geração mais jovem. Enquanto isso, os governos têm um papel fundamental, incentivando as melhores práticas e elaborando políticas.
A Huawei, por exemplo, lançou diversas iniciativas de talentos em todo o mundo. Na América Latina e no Caribe, a companhia ajudou a treinar 50 mil talentos nos últimos anos. Lançou o programa de intercâmbio global “Seeds for the Future em 2014”, que desde então já ofereceu cerca de 1.800 bolsas de estudo para estudantes receberem treinamento intensivo e visitarem a sede da empresa em Shenzhen, no sul da China. Também fez parceria com cerca de 400 universidades que oferecem capacitação por meio do programa Huawei ICT Academy.
No Brasil, além de iniciativas como o “Seeds for the Future” e o ICT Academy, a Huawei lançou junto de seus parceiros a plataforma “ICT Job Fair”, com mais de 700 alunos matriculados. Até o final de 2021, o programa de formação de talentos Nem Nem tem cooperado com sete grandes instituições relacionadas com TIC no Brasil, incluindo IFAM, IFCE, IFES, IFPE, IFPI, Senai e Unisuam. Atualmente, 100 alunos concluíram o curso de formação e 158 alunos estão sendo formados. Quatro laboratórios de treinamento adicionais foram lançados em 2022.