América Latina está atrasada no planejamento de bandas mmWave para 5G
Redação, Infra News Telecom
Conforme cresce a capacidade de conexões e usuários de redes móveis, o acesso suficiente de espectro radioelétrico constitui um desafio para a indústria das telecomunicações. Para desenvolver plenamente as redes 5G na América Latina e no Caribe, os reguladores devem planejar o uso das bandas de ondas milimétricas (mmWave) dentro da faixa de 24,5 – 86 GHz.
É que o mostra o estudo “Bandas de ondas milimétricas (mmWave) para a 5G na América Latina e no Caribe”, publicado pela 5G Americas. O documento aponta que a identificação de bandas mmWave na América Latina e Caribe está em uma fase de desenvolvimento precoce, pois a maioria dos países da região carece de cronogramas ou planos para alocar esse espectro para o desenvolvimento das redes 5G. No entanto, observam-se casos avançados de países que estão alocando blocos de bandas deste tipo ou que possuem planos para licitações. Em alguns casos, o aproveitamento destas bandas também acontece com autorizações para uso móvel de licenças pré-existentes.
O relatório traz casos de administrações públicas que já identificaram capacidade em bandas de ondas milimétricas como espectro apto para o desenvolvimento do 5G, contudo ainda não foram alocadas. Em geral, as bandas de 26 e 28 GHz estão sendo consideradas, mas alguns reguladores também observam bandas a partir de 39 GHz. Até a data de atualização do relatório, a única banda dentro da faixa mmWave que estava em uso na região é a de 28 GHz em Porto Rico e no Uruguai.
O aproveitamento destes espaços para a próxima geração de tecnologias móveis apresenta alguns desafios, pois a menor propagação e penetração em interiores observada nestas bandas requer uma maior densidade de infraestrutura de small cells.
De acordo com o documento, estes desenvolvimentos podem oferecer capacidade adicional em áreas de alta densidade de conexões, e também darão suporte a serviços como a distribuição de vídeo de ultra definição ou banda larga fixa sem fio. Além das políticas de espectro dirigidas especificamente para bandas mmWave, elas requerem marcos regulatórios que fomentem o desenvolvimento de infraestrutura de fibra óptica e estações radiobase, preferencialmente com regras homologadas e permissões ágeis.