Anglo American adota infraestrutura hiperconvergente
Redação, Infra News Telecom
A subsidiária brasileira da Anglo American, produtora de minério de ferro e níquel com operações em diversos países, investiu em uma infraestrutura hiperconvergente para atualizar os seus data centers e aplicações de TI industrial. Criado pela Dell em conjunto com a consultoria de TI Portnet, o projeto foi implantado em oito meses e consolidou os servidores, sistemas de armazenamento e switches da mineradora.
A companhia precisava criar um ambiente capaz de dar conta de períodos heterogêneos de processamento, com picos e baixa demanda, e com gerenciamento unificado dos componentes dos seus dois data centers que monitoram todo o sistema de produção das minas: um localizado junto à mina de minério de ferro de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais; e outro no final do duto de transporte de minério de ferro, no porto de São João da Barra, no Rio de Janeiro.
“Esses dois data centers são extremamente críticos, recebendo e processando dados produzidos ao longo de toda a cadeia de extração de minério de ferro, desde a pressão das bombas, volume nos dutos de minérios, até a vida útil dos equipamentos e caminhões e chegando, finalmente, a detalhes da liberação do minério no porto. Aplicações que rodam nesses data centers realizam análises preditivas e geram alertas em caso de possíveis problemas”, explica Clebecy Santana, coordenador de TI industrial da Anglo American.
Os data centers também processam dados dos laboratórios sobre a conformidade do minério às especificações dos clientes. “Com a adoção da hiperconvergência, todas as informações dos sensores agora são consolidadas em servidores gerenciados de forma centralizada, em uma estrutura a prova de falhas com replicação de dados nos dois sites”.
De acordo com o coordenador, os sistemas hiperconvergentes reduziram drasticamente a complexidade do gerenciamento do banco de dados, aplicações e softwares de terceiros. Isso por que a gestão de todos os elementos dos dois data centers agora é realizada a partir de um único ponto de monitoração e controle, diminuindo incidentes sistemas fora do ar e o risco de ocorrer falta de espaço para o armazenamento de dados.
Uma das soluções implantadas é o Dell Data Domain, um sistema de backup que especifica de forma automática o tamanho do espaço de armazenamento necessário conforme o volume de dados. O servidor faz leituras rápidas e está preparado para recuperar grande volume de dados nos dois data centers. “Além dessa camada de proteção, todos os dados são gravados em fita LTO para um backup extra”, explica Santana.
Outro recurso da hiperconvergência é o RecoverPoint. Em um backup normal, a recuperação de dados é feita por período (de horas ou dias) e nem sempre é completa. O RecoverPoint permite a restauração dos dados na linha do tempo de forma configurável, fazendo a transferência dos dados entre a nuvem pública e privada sem perda de informações.
Além disso, os dados são replicados de forma bidirecional nos dois data centers. Os bancos de dados hospedados em Conceição do Mato Dentro e São João da Barra são replicados de um site para outro por meio de uma ferramenta de banco de dados. Tudo que é processado em um data center é gravado e enviado como backup para o outro.
“O conceito de hiperconvergência se adequa bem à nuvem privada porque consolida hardware e software, que passam a ser atualizados de forma automática, por meio da administração unificada propiciada pela Dell”, acrescenta Gilbert Emmanuel, responsável pela área de negócios de hiperconvergência da Portnet.
Com sede em Londres, a Anglo American atua no Brasil desde 1973. A companhia faz a extração, beneficiamento e transporte de minério de ferro com capacidade de produção de 26 milhões de toneladas por ano.
