Ao estimular adoção do 5G, provedores de serviço têm duas vezes mais chances de aumentar receitas
Redação, Infra News Telecom
Os CSPs – provedores de serviços de comunicação classificados como “precursores 5G” são três vezes mais propensos a reter clientes e quase duas vezes mais propensos a aumentar sua receita média por usuário (ARPU) e as receitas de serviços móveis, em comparação com outros CSPs. Essas são algumas das conclusões do novo relatório “Pioneiros em 5G”, desenvolvido pelo Ericsson ConsumerLab.
A pesquisa é a primeira análise de mercado 5G do consumidor da indústria que combina dados de satisfação dos clientes com fatos de mercado, avaliando a maturidade do 5G e as estratégias de receita de 73 operadoras em 22 mercados do mundo, incluindo o Brasil, com base em 105 critérios.
O levantamento identificou quatro estágios de maturidade dos CSPs: “5G exploradores” (aqueles que estão no início de sua jornada em 5G); “potenciais 5G” (CSPs com consumidores satisfeitos devido ao melhor desempenho das redes 4G, mas que não investiram muito na evolução da rede 5G e suas ofertas); “aspiracionais 5G” (provedores que são percebidos como desafiadores de mercado e têm altas expectativas em relação ao 5G, enquanto se esforçam para melhorar a satisfação dos seus consumidores); e “precursores 5G” (os mais avançadas em definir o ritmo para oferecer a melhor cobertura, desempenho e inovação de classe em 5G, mas que ainda têm espaço para melhorar).
De acordo com o estudo, um em cada cinco provedores de serviços de comunicação estudados e classificados como “precursores 5G” são amplamente percebidos pelos consumidores como líderes de mercado dentro do segmento de consumidores 5G. Eles não são necessariamente líderes em market share ou titulares em seus mercados locais. Eles são caracterizados por possuírem os melhores NPS em seus mercados, além de impulsionarem a inovação em suas ofertas atuais, que incluem, em média, três serviços 5G para o consumidor, como jogos em nuvem, vídeo imersivo (realidade virtual/realidade aumentada) e acesso 5G sem fio.
Embora os mercados 5G avançados no Nordeste da Ásia e na América do Norte sejam responsáveis pela maior parte dos CSPs classificados como “precursores 5G”, um terço está na Europa.
O estudo ainda identificou que 50% dos CSPs classificados como “precursores 5G” aumentaram sua receita média por usuário em 1% ou mais ano a ano em comparação com um quarto de todos os outros CSPs; já 75% deles monetizaram o 5G com base em níveis de velocidade, qualidade de serviço, convergência fixo-móvel (FMC) ou conteúdo empacotado.
Os CSPs “precursores 5G” têm, em média, uma cobertura 5G de 75% da população, velocidades de download de 270 Mbps e disponibilidade 5G média de 14% ou mais. Em média, 70% dos assinantes desses CSPs os consideram líderes de mercado 5G e quase 50% dessas empresas já lançaram o acesso fixo sem fio 5G.
Os CSPs “precursores 5G” são ainda os mais proativos na implementação do 5G standalone e funcionalidades de computação de ponta multiacesso (MEC).
Para Erik Ekudden, CTO da Ericsson, “um compromisso com a liderança em tecnologia e com a qualidade da rede é essencial para impulsionar o crescimento da receita dos CSPs em relação ao 5G, melhorando o negócio principal de consumo e, ao mesmo tempo, explorando novas oportunidades. Não surpreendentemente, os CSPs “precursores 5G” procuram novas maneiras de desafiar as convenções da indústria para tornar a conectividade 5G mais relevante para as pessoas, negócios e para a sociedade”.
“Os serviços ao consumidor habilitados para 5G podem desbloquear até US$ 3,7 trilhões em oportunidades de receita acumulada para provedores até 2030. Este relatório descreve que os “precursores 5G” podem demonstrar uma capacidade de adotar novas tecnologias, influenciar a percepção do consumidor e estar preparado para investir e focar na inovação de serviços 5G, já que estão à frente dos concorrentes na corrida por novas oportunidades de receita”, conclui Jasmeet Singh Sethi, líder do ConsumerLab, da Ericsson Research.