Apenas 56% das equipes de segurança de TI estão preparadas para incidentes
Redação, Infra News Telecom
Um estudo do OTRS Group mostra que 42% das empresas pesquisadas estão preparadas de forma aceitável para um incidente de segurança, apenas um pouco mais da metade delas (56%) estão perfeitamente preparadas para um incidente.
Quando questionados se as responsabilidades e tarefas estão claramente definidas no caso de um incidente de segurança, a grande maioria (93%) concordou. No Brasil esse número cai para 91%, sendo que 8% das empresas não têm tarefas e responsabilidades claras e definidas.
“Com a pandemia, as empresas se adaptaram com seus colaboradores trabalhando em casa. Obviamente, esta mudança trouxe muitas preocupações em relação à segurança de dados e informações. O grande problema envolve configurações incorretas e a falta de controle de acesso”, destaca Luciano Oliveira, diretor geral Brasil e Portugal do OTRS Group.
Ainda de acordo com a pesquisa, 23% das organizações usam a estrutura CERT.org para seus processos de segurança, 21% a ISO270035, 10% NIST e 4% KRITIS. A maioria, 35%, tem uma combinação de várias estruturas. No Brasil, 46% das empresas utilizam uma combinação de estruturas, 34% ISO270035, 9% CERT.org e 5% não contam nenhuma estrutura.
Globalmente, 26% dos entrevistados afirmam que seu plano de gerenciamento de incidentes ajudou a otimizar a segurança de TI e prevenir incidentes de segurança, no Brasil esse número sobe para 31%. O plano existente foi útil na documentação e estruturação de incidentes para 20% dos respondentes, no Brasil foram 18%. Já para 19% o plano de gerenciamento de incidentes está apropriado para descobrir por que os incidentes de segurança acontecem, no Brasil foi o mesmo resultado.
O resultado global e no Brasil mostra que 77% dos respondentes usam um sistema de gerenciamento de eventos e informações de segurança (SIEM) como parte de seus processos de segurança.
Software SOAR – Security Orchestration Automation Response
No mundo, 70% também usam o software SOAR – no Brasil esse percentual é de 66%. Destes, 24% dizem que é muito mais fácil trabalhar com TI. Como resultado, 22% experimentaram principalmente tempos de resposta aprimorados e 20% aceleraram a resolução de problemas.
Os números globais da pesquisa ainda mostram que 86% das empresas têm gerenciamento de vulnerabilidade em vigor e 89% usam uma ferramenta correspondente para essa finalidade. Para 37% dos participantes do estudo o principal motivo do uso de uma ferramenta específica é que eles encontram vulnerabilidades mais rapidamente, já 32% afirmam que a ferramenta estrutura e documenta melhor as vulnerabilidades, enquanto 31% dizem que ajuda a fechar as lacunas de segurança com mais rapidez.
A pesquisa ainda aponta que 65% dos entrevistados tiveram falhas de segurança porque não atualizaram o software para a versão mais recente. Já quase metade (49%) tentou economizar dinheiro dessa forma e se arrependeu.
Em geral, 15% das equipes de segurança de TI pesquisadas gostariam de ver mais atenção dada a seus tópicos dentro da empresa.
“Os exemplos atuais mostram que os ataques de hackers estão aumentando, certamente também devido à pandemia e ao funcionamento móvel. O fato de apenas 56% das empresas estarem perfeitamente preparadas para um incidente de segurança é alarmante. As lacunas de segurança no caso de software desatualizado em 65% das empresas também precisam de atenção”, disse Jens Bothe, diretor global e especialista em segurança do OTRS Group.
O OTRS Group entrevistou 500 executivos de segurança da informação na Alemanha, Brasil, USA, Singapura e México, entre junho e julho de 2021.