Bitdefender aposta em negócios com o governo
Redação, Infra News Telecom
Ataques em grande escala têm atingindo empresas em todo o mundo. Em 2017, uma série de companhias da Europa foram invadidas, provocando a interrupção de diversos serviços à população em mais de 74 países, inclusive no Brasil. Por aqui, sites como o do Tribunal de Justiça, Ministério Público e INSS – Instituto Nacional do Seguro Social de diversos estados chegaram a ficar temporariamente fora do ar.
O ataque, do tipo ransomware, sequestrou dados dos computadores e exigiu resgate em Bitcoin (moeda virtual) para a liberação do acesso. Os valores nem sempre foram pagos – pelo menos no Brasil -, mas os prejuízos foram muito além dos financeiros.
De olho nessas vulnerabilidades, a Bitdefender, especializada em segurança cibernética e representada no Brasil pela Securisoft, tem uma estrutura dedicada a vendas governamentais. O objetivo é apoiar as suas revendas parceiras na identificação de oportunidades e na habilitação legal para participar de editais, além de tornar menos complexos os processos de negociação, que costumam ser dispendiosos e atrelados a uma série de atestados na fase pré-edital.
A iniciativa resultou em um aumento de 30 mil para 120 mil licenças comercializadas entre 2016 e 2017. Para este ano, a meta é alcançar 320 mil licenças entregues.
Casos de uso
A Prefeitura de Caraguatatuba, por exemplo, adquiriu 5 mil licenças de antivírus para o seu parque de equipamentos tecnológicos. Para Edwagner Tavares, do departamento de segurança da informação da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba, a Bitdefender possui uma estratégia de negócios bem agressiva para órgãos públicos. “Afirmamos isso considerando os valores praticados para o licenciamento de nosso parque de máquinas, como também os benefícios que temos em segurança dentro de nossa rede”, avalia.
Outro cliente é Metrô do Distrito Federal, que adquiriu 700 licenças. O gerente de TI do Metrô, Danilo Mello, afirma que há menos de duas décadas não havia sequer investimento em tecnologia. Hoje, só por parte do Governo do Distrito Federal, são destinados à segurança da informação mais de R$ 2 milhões.
“Nos últimos seis anos o Governo tem investido significativamente em infraestrutura e segurança. Em 2017, por exemplo, foi iniciado um projeto de construção de um data center dedicado ao Metrô, em Brasília. Até então, a hospedagem era compartilhada com o data center do GDF, o que, em caso de pane, resultaria em prejuízos incalculáveis.”, avalia.
Outras mudanças foram realizadas, entre elas a substituição da rede comum pela a de fibra óptica, o que garante uma maior segmentação e velocidade nas diversas áreas operacionais. “Com a utilização de duas tecnologias – ATM para a parte operacional e Ethernet para a administrativa – não havia segmentação e uma área sempre ficava mais vulnerável que a outra. Então, optamos apenas pela Ethernet sobre fibra para obter uma rede única de 40 Gbps, que pode ser conectada separadamente para cada área. Com as ferramentas de gerenciamento da Bitdefender será possível monitorar e definir políticas específicas de segurança para cada área”, explica Mello.
Para Eduardo Dantona, diretor da securisoft e country partner da Bitdefender no Brasil, essa nova política de vendas governamental foi uma facilidade adicional para permitir aos órgãos públicos tomar a melhor decisão com relação à segurança de suas redes. “Como bem mostra os exemplos do Metrô e da Prefeitura, a mudança de mentalidade da gestão tem sido uma constante no setor público. Mais do que um produto comum, de prateleira, o antivírus é uma das chaves das políticas de segurança e continuidade dos serviços”, finaliza o executivo.