Boas práticas de segurança digital para ISPs
Os ISPs precisam de uma estrutura tanto nas redes, quanto em seus data centers para proteger os dados da empresa e de seus clientes. Além disso, com o aumento dos ataques DDoS, é fundamental uma boa prática de segurança digital para evitar problemas.
Eduardo Meirelles, diretor comercial da Everest Ridge
Os ISPs – provedores de Internet são elementos importantes na inovação e melhoria do acesso à tecnologia e informação no Brasil. Porém, existem muitos desafios. Neste sentido, as práticas de segurança digital são temas recorrentes e que exigem a atenção de gestores e equipes.
Naturalmente, há diferentes demandas. Um ISP precisa de uma estrutura tanto nas redes, quanto em seus data centers para proteger os dados da empresa e de seus clientes. Além disso, com o aumento dos ataques DDoS (ataque distribuído de negação de serviço), é fundamental que o ISP tenha uma boa prática de segurança digital para evitar problemas.
É preciso compreender que a segurança digital se dá por um contexto maior, que vai desde a engenharia de tráfego, até os firewalls e softwares de proteção. Mas ela deve contar com os seguintes elementos:
SOC
O SOC – Security Operations Center é basicamente um centro onde todas as operações de segurança estão integradas. Assim, fica mais fácil monitorar e ter respostas rápidas às tentativas de ataques. Além de facilitar todo o processo de segurança digital, este ambiente ainda oferece mais facilidade de gerenciamento, produção de relatórios e estabelecimento de processos.
Um ISP precisa contar com um SOC em sua estrutura, para oferecer aos seus clientes a segurança necessária.
Monitoramento constante
Esta é uma das tarefas que cabe ao SOC, mas que precisa ser vista de forma separada. Monitorar constantemente é imprescindível. Hoje, por exemplo, ataques de roubo de dados em redes de fibra óptica são mais facilmente detectados. Isso acontece porque os processos de roubo de dados em redes ópticas exigem um desvio de grande quantidade de luz, o que pode ser facilmente detectado por um monitoramento constante.
Análise de vulnerabilidade de redes
Muitos ataques, que acabam gerando prejuízos e problemas para os ISPs e seus clientes, acontecem por descuidos, como portas que ficam desprotegidas, softwares desatualizados ou redes obsoletas.
A análise de vulnerabilidade deve ser feita de forma constante e em conjunto com outras práticas, como o pen test e a análise e estabelecimento dos processos de respostas a incidentes.
Processo de mitigação de ataques DDoS
Os ataques DDoS oferecem grandes riscos, pois inviabilizam a rede das empresas. Por isso, além de processos que evitem este tipo de ataque, é fundamental contar com um processo de mitigação.
Mitigar ataques DDoS garante que, mesmo que a sua estrutura sofra uma tentativa de violação, os seus clientes não sejam prejudicados.
Antivírus, firewall e bloqueio de IP atualizados
Ter softwares de proteção digital atualizados e eficientes é fundamental. Muitas vezes, por pequenas falhas nestes programas, toda a sua rede e dados de seus clientes ficam expostos.
Como aplicar estas soluções?
É muito importante ter uma visão mais ampla e estratégica. O processo de segurança deve ser integrado e envolver diversas inteligências digitais e não apenas soluções “amontoadas”. Sem um processo integrado, que inclua desde questões como infraestrutura até os softwares e monitoramento, pode-se perder dados importantes. Afinal, segurança digital também se dá pela captação e análise de dados.
É preciso saber em que pontos há mais tentativas de ataques, de onde eles chegam e de que forma é mais fácil e rápido neutralizá-los. Isso só é possível com uma coleta constante, segura e automática dos dados de monitoramento. Somando monitoramento, análise de dados e melhorias constantes, chegamos a uma solução de SOC.
Hoje, qualquer sistema, software ou solução precisa de integração. Sabemos que muitos ISPs possuem redes complexas e que integrar novas soluções nem sempre é simples. Há equipes especializadas que podem encurtar caminhos e, principalmente, implementar com mais economia e eficiência os processos de segurança digital para ISPs.
Além disso, questões como políticas de segurança atualizadas e consultorias com empresas da área ajudam, e muito, nesses processos.