Brasil é o nono país que mais realiza ataques de hackers
Redação, Infra News Telecom
O Brasil é o nono país que mais gera ataques de hackers no mundo, segundo o recém-lançado relatório “2020 Cybersecurity Insights”, da NSFOCUS, empresa especializada em segurança cibernética. A lista das nações mundiais que mais produzem ataques é liderada pela China, seguida pelos EUA.
Ainda de acordo com o relatório, o Brasil subiu três posições no ranking dos países que mais receberam ataques distribuídos de negação de serviço (DDos), ocupando a sexta colocação em 2020. No mesmo período, esse tipo de ataque afetou, principalmente, órgãos governamentais e e-commerces, o que se mantém em 2021, com o acréscimo das instituições financeiras, que se tornaram grandes alvos.
Outro destaque da pesquisa fica por conta da inundação de e-mails de phishing com informações sobre a pandemia da Covid-19, o que contribuiu muito para a disseminação de ransomware. Um exemplo foi o Maze, novo vírus usado principalmente para atacar empresas e indústrias. Sua principal diferença do ransomware convencional é que seu desenvolvedor tende a adicionar métodos inovadores em novas versões, além de criar mensagens de texto provocativas, o que contraria a ideia de que este tipo de ameaça fica à espreita, aguardando a chance de atacar.
Para André Mello, vice-presidente da NSFOCUS na América Latina, “o mercado do cibercrime está crescendo em progressão geométrica nos últimos anos devido também ao aumento de equipamentos potencialmente vulneráveis conectados à IoT – Internet das coisas, a sofisticação das técnicas de ataques e o barateamento de recursos computacionais para geração de ofensivas. Tudo isso sem contar a pandemia, que fez explodir o número de ameaças”.
No Brasil, as operações da NSFOCUS cresceram 30% de 2019 a 2020, o que se deve principalmente à alta escalada de ataques sofridos no país, com destaque para o serviço de cloud híbrido, que aumentou 70% das vendas da companhia no ano passado. A expectativa da empresa é dobrar seu crescimento até o final de 2021.