Brasil é o nono país que mais sofreu ataques de ransomware em 2020
Redação, Infra News Telecom
Segundo o relatório global “Ameaças Cibernéticas 2021”, da SonicWall, empresa de segurança da informação, no ano passado o Brasil foi o nono país que mais sofreu ataques de ransomware (mais de 3,8 milhões), ficando atrás dos EUA, África do Sul, Itália, Reino Unido, Bélgica, México, Holanda e Canadá.
Ainda de acordo com o documento, em 2020 houve um aumento mundial de 62% de ransomware e um pico de 158% na América do Norte, mostrando que os cibercriminosos estão usando táticas cada vez mais sofisticadas e variantes mais perigosas, tais como Ryuk, para ganhar um pagamento bem fácil.
O ransomware Ryuk foi identificado em agosto de 2018 e não apareceu fora da América do Norte, Europa ou Ásia antes de janeiro de 2020. No mês seguinte, Ryuk começou a subir nas listas e ultrapassou o melhor do ranking, o ransomware Cerber. Com 109,9 de casos detectados no mundo, somente em setembro do ano passado, registrou-se um ataque Ryuk a cada oito segundos.
Também foram identificadas mais variantes de malware nunca vistas antes. O RTDMI – Real-Time Deep Memory Inspection, um componente da solução sandbox da SonicWall, o ATP – Capture Advanced Threat Protection, descobriu em 2020 268,4 mil variantes de malware nunca vistas antes. Isso representa um aumento de 74%, em relação a 2019. O RTDMI detectou de modo proativo e bloqueou inúmeros malwares desconhecidos no mercado de massas, incluindo códigos maliciosos nos arquivos Office e PDF.
Malware com foco em IoT
Em 2020, foram observadas 56,9 milhões de ameaças globais de malware na IoT, um aumento de 66% que mostrou o uso de táticas de mudança para encobrir cibercriminosos.
A América do Sul se destacou por ser a região que sofreu menos ataques de malware focado em IoT – apenas 17%. A América do Norte, por outro lado, atingiu a marca de 152% em aumento de malware IoT .
O relatório compartilha com empresas e governos a inteligência sobre ataques cibernéticos da equipe de pesquisa de ameaça do SonicWall Capture Labs. Pesquisadores internos da companhia trabalharam em conjunto com outros especialistas do setor: são 50 grupos de colaboração, equipes de pesquisa e analistas independentes de segurança envolvidos no desenvolvimento do documento.
Os dados para o relatório são coletados de mais de 1,1 milhões de sensores posicionados estrategicamente em mais de 215 países. O relatório é baseado em informações sobre ameaças compartilhadas entre os sistemas de segurança da SonicWall, incluindo firewall, dispositivos de segurança de e-mails, honeypots, sistemas de filtração de conteúdos e a solução de sandbox SonicWall Capture ATP – Advanced Threat Protection. O estudo completo está disponível no link https://www.sonicwall.com/2021-cyber-threat-report/.