Brasil sofreu mais de 24 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2019
Redação, Infra News Telecom
Segundo a Fortinet, fornecedora de soluções integradas e automatizadas de segurança cibernética, a América Latina e o Caribe registraram 85 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no ano passado. Apenas no Brasil foram mais de 24 bilhões de tentativas de ataques, o que representa uma média de 65 milhões de tentativas ao dia. Os dados foram obtidos por meio de sua plataforma Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, ferramenta que coleta e analisa incidentes de segurança cibernética em todo o mundo.
O objetivo da maioria dos ataques é entrar em redes bancárias, obter informações financeiras e roubar dinheiro de indivíduos e empresas. Os dados revelam também um constante aumento de golpes por meio de “phishing”, ou seja, links maliciosos que levam o usuário a dar dados pessoais e bancários em páginas falsas ou ao download de vírus que passam a controlar os dispositivos e a roubar informações.
Mundialmente, a incidência de ataques que possuem as criptomoedas como objetivo aumentou 84% do trojan W64/CoinMiner; 77% do malware Riskware/CoinMiner foram dirigidas ao Caribe e América Latina, incluindo o Brasil.
“A educação e a conscientização dos usuários são essenciais para evitar esse tipo de crime, assim como o constante treinamento de profissionais do setor”, explica Frederico Tostes, gerente Geral da Fortinet Brasil e VP de Cloud para a América Latina. “Estamos vivendo uma rápida expansão tecnológica e, com isso, os criminosos possuem mais possibilidades de encontrar brechas para invadir sistemas, utilizando estratégias cada vez mais sofisticadas. Os números de 2019 são alarmantes e acreditamos que em 2020 serão ainda maiores”.
Entre as ameaças mais detectadas em 2019 existem dois ataques direcionados especificamente ao setor bancário: DoublePulsar e Emotet. O DoublePulsar é um ataque de “backdoor” que foi usado pelo ransomware WannaCry e em invasões a bancos da região em 2018. Considerando que ele explora vulnerabilidades já resolvidas, o seu uso contínuo evidencia a grande presença de softwares sem atualizações, o que afeta empresas e indivíduos. Já o Emotet é uma rede de bots destinada a bancos que permite que um invasor remoto emita comandos para executar operações diferentes, como downloads de malware e ransomware.