Computação de borda e a IoT
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
A computação de borda ou edge computing promete dar ainda mais impulso à IoT – Internet das coisas. Há tempos, o tema é abordado pela Infra News Telecom.
A tecnologia colabora com diversas aplicações, em especial as de missão crítica. Isso porque, basicamente, o processamento dos dados fica mais perto do usuário, que ganha uma melhor experiência para acessar os serviços. Um artigo publicado nesta edição mostra a importância da tecnologia para o desenvolvimento das aplicações IoT e os seus impactos na América Latina.
O autor lembra que o edge computing é capaz de reduzir a latência a quase zero, possibilitando um uso mais otimizado da rede, além de economizar largura de banda. “Chipsets aceleradores especializados são capazes de executar algoritmos de machine learning mais sofisticados, diferenciando-se dos servidores centralizados na nuvem tradicional. Esse tipo de solução ajuda a aumentar a utilização e eficiência de dispositivos IoT”, explica.
Internet via satélite
Um outro tema tratado nesta edição é o uso dos satélites para acesso à Internet. O artigo, do doutor em ciências pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vivaldo José Breternitz, traz à tona um problema sério e complexo: o congestionamento do espaço, que não para de crescer e já preocupa os especialistas.
O autor cita o relatório produzido pelo European Southern Observatory, uma entidade formada por governos europeus, que alerta que satélites em órbita baixa, a menos de 600 quilômetros da Terra, podem trazer problemas a programas científicos que requerem observações noturnas.
Há ainda a questão do lixo espacial. Breternitz destaca que os detritos na órbita da Terra representam um perigo para as missões espaciais, pois mesmo um fragmento minúsculo, viajando em alta velocidade, pode danificar naves e até causar a morte de astronautas que estiverem a bordo. “Além disso, satélites em operação correm o risco de serem atingidos, gerando inúmeros problemas, especialmente na área de telecomunicações, podendo até mesmo paralisar o sistema GPS e outros similares”, diz.
De acordo com a Nasa, agência espacial norte-americana, que monitora mais de 27 mil objetos no espaço, deve haver mais de 100 milhões de fragmentos que não podem ser rastreados por serem muito pequenos.
Boa leitura!
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.