Conectividade garantida com SD-WAN
Marcelo Bardi, gerente de tecnologia da informação e de gestão de processos do Grupo Educacional Bom Jesus
O cenário tecnológico corporativo requer um ambiente totalmente conectado e disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana. Imagine não ser possível realizar uma videoconferência de fechamento de orçamento ou, então, não poder participar de um leilão virtual porque não havia conexão com a Internet.
Imagine, ainda, você incapaz de realizar uma avaliação a distância por conta da indisponibilidade de serviço. Ou pior, em caso de ter uma conexão disponível, esta não apresentar os melhores padrões de QoS – qualidade de serviço, com alta latência e jitter perceptível. Realmente, é um problema que não podemos tolerar em plena sociedade do conhecimento.
Dessa maneira, um conceito desenvolvido durante a década de 1970 passou a ser fortemente considerado a partir do ano 2000: software-defined networking in a wide area network, ou, simplesmente, SD-WAN.
De maneira geral, a tecnologia permite mover parte ou todo o tráfego do MPLS para links de comunicação alternativos em uma configuração de WAN híbrida. A SD-WAN facilita a obtenção de economia de custos, dividindo automaticamente o tráfego entre links WAN de baixo custo e de alta disponibilidade, com base na atividade crítica da corporação. A solução pode identificar o tráfego por aplicativo e orientá-lo de acordo com as regras com base em políticas predefinidas.
Outra vantagem da utilização do SD-WAN é a possibilidade de maior flexibilidade, mesclando links ADSL, dedicados e MPLS, reduzindo, assim, custos na contratação de acessos à Internet. Também se destaca uma maior inteligência no controle de tráfego ao permitir a configuração de workloads mais importantes pelos links de melhor latência e de workloads menos importantes, por links de menor qualidade e de forma automática.
Como uma das premissas do SD-WAN, as empresas dispõem de conexão com baixas taxas de latência para acesso dos usuários. Isso se reflete em maior desempenho da rede e de dispositivos, além de alta visibilidade das aplicações com maior segurança devido às configurações de firewall e criptografia já integradas na solução.
Gerente de tecnologia da informação e de gestão de processos do Grupo Educacional Bom Jesus e doutor em Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo.