Coopermiti reciclou mais de 500 toneladas de lixo eletrônico em 2022
Redação, Infra News Telecom
A falta de informação sobre o descarte irregular de e-lixo, deixa 70% dos cestos de reciclagem da Coopermiti, cooperativa especializada no reaproveitamento destes materiais, vazios.
Existem cestos para separar plástico, vidro, metal e papel, mas quando é a geladeira que precisa ser descartada, o que fazer? A falta de informação sobre lixo eletrônico impacta a falta de entrega de equipamentos quebrados e sem uso nos postos de coleta. “Tratamos 520 toneladas em 2022, mas nossa capacidade é cerca de 70% maior. Infelizmente, há muito material jogado nos pontos de entulho, enquanto nas cooperativas falta e-lixo”, diz Alex Pereira, presidente da Coopermiti.
Enviado diretamente para o lixo comum ou em pontos de descarte irregular, grande parte do e-lixo acaba indo parar em aterros sanitários, o pior destino para esses equipamentos porque passam a ser perigosos quando expostos ao sol e à chuva, em vez de reaproveitados pela indústria na produção de novos produtos.
Ranking de eletrônicos reciclados
Com meta de tratar 150 toneladas de e-lixo por mês, o volume total reciclado pela cooperativa, uma das principais do estado de São Paulo, é formado principalmente por resíduos eletrônicos provenientes de hospitais e equipamentos de saúde, seguindo as principais diretrizes ESG e da legislação ambiental brasileira. Em segundo lugar estão as sucatas de computadores/ desktop de empresas e residências, seguidas por servidores sem uso ou quebrados. “No geral, as sucatas ligadas à informática lideram o ranking, já que muitas empresas possuem uma grande rotatividade de equipamentos, como impressoras, monitores, estabilizadores. Os equipamentos domésticos como televisores, refrigeradores, micro-ondas também se destacam. No entanto, seria muito importante uma quantidade maior de descarte para causar um impacto significativo na economia de recursos”, conta Pereira.
Ele ainda ressalta que para equipamentos com dados sensíveis, como computadores de mesa e notebooks com fotos, senhas e informações pessoais, por exemplo, a Coopermiti fornece um laudo de “Destruição Segura de Dados”, que elimina as chances de recuperação das informações contidas em produtos de armazenamento, evitando o acesso indevido ao conteúdo.