CPFL Energia implanta sistema integrado para operação e otimização de redes
Redação, Infra News Telecom
Como parte de seu projeto de transformação digital, a CPFL Energia conclui o processo de implementação da plataforma ADMS – Advanced Distribution Management System, sistema de gestão de distribuição avançado.
Com investimento de R$ 47 milhões, o sistema já está em operação na CPFL Piratininga, uma das distribuidoras do Grupo. Até o final deste ano, a plataforma será implantada na CPFL Paulista e na CPFL Santa Cruz. Em 2021, será a vez da distribuidora RGE, com concessão no Sul do país.
“O ADMS estabelece um novo paradigma na forma como os Centros de Operação administram a rede elétrica das quatro distribuidoras do grupo. Este sistema nos dá, em tempo real, informações sobre uma série de variáveis técnicas que influenciam na qualidade do fornecimento de energia, otimizando e dando mais eficiência a toda a gestão da rede de distribuição nas 696 cidades e 9,8 milhões de clientes atendidos pela CPFL”, explica Thiago Guth, diretor de operações da CPFL Energia.
A solução ADMS, fornecida pela Schneider Electric, integra numa única plataforma as ferramentas que antes eram usadas individualmente na operação da rede: SCADA, para supervisão e telecomando de dispositivos; e OMS, para gestão das interrupções e restabelecimento do fornecimento de energia. O ADMS também inclui o sistema de gestão de distribuição (DMS) e o sistema de gestão de energia (EMS), ambos com diversas funcionalidade avançadas e dedicadas.
Inovações
Em cinco anos (entre 2018 e 2023), a CPFL Energia vai injetar R$ 88 milhões em inovação, automatização e padronização dos processos da operação de redes de distribuição de suas quatro distribuidoras. Deste volume, R$ 17 milhões serão por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, e o restante com recursos próprios.
Um dos projetos em andamento está ligado à automatização dinâmica do despacho de equipes para atendimentos emergenciais e não planejados, seguindo a estratégia adotada para os serviços planejados que já utilizam algoritmos para roteirização e despacho. Ou seja, em tempo real a ferramenta selecionará a melhor equipe para receber a atividade a ser executada em campo.
A empresa também tem adotado ferramentas de big data e analytics para extrair resultados dos dados de rede, como falta de energia, atuações de equipes de campo, serviços comerciais, programação e informações de sensores. Essas informações cruzadas com variáveis de demanda de serviço, capacidade de serviço, produtividade, tendência de temporais e robustez da rede, permitem extrair análises e sugestões para melhorias de toda a operação do sistema de distribuição.
Entre os projetos de pesquisa e desenvolvimento que utilizam inteligência artificial, estão um sistema utilizado para reduzir deslocamentos improcedentes em campo e o WeTs – Weather Translator System, desenvolvido em parceria com o Climatempo. O WeTs é utilizado desde outubro de 2019 nos Centros de Operação da RGE, da CPFL Paulista, da CPFL Santa Cruz e da CPFL Piratininga e é capaz de projetar os impactos na rede elétrica advindos de condições climáticas adversas nas áreas de concessão das distribuidoras do Grupo CPFL, relacionando o histórico das variáveis meteorológicas com o de ocorrências de falta de energia na rede elétrica.
A CPFL Energia, há 107 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e serviços. Desde janeiro de 2017, o Grupo faz parte da State Grid, estatal chinesa que é a quinta maior organização empresarial do mundo e a maior empresa de energia elétrica, atendendo 88% do território chinês e com operações na Itália, Austrália, Portugal, Filipinas e Hong Kong.
Com 14% de market share no país, a CPFL Energia conta com mais de 9,8 milhões de clientes em 696 cidades, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.