É preciso preparar os data centers para as novas aplicações
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Um dos grandes desafios dos gestores de data centers é lidar com a explosão de tráfego de dados, proveniente de novas aplicações e dispositivos conectados. Soma-se a isso, a computação em nuvem, que exige cada vez mais um novo tipo de arquitetura, construída para um ambiente de infraestrutura distribuída.
Segundo projeções do Gartner, o mercado mundial de serviços de nuvem pública crescerá 17% em 2020, totalizando US$ 266,4 bilhões – em 2019 essa cifra foi de US$ 227,8 bilhões. A previsão é de que plataformas de SaaS – Software como Serviço sejam responsáveis por um faturamento de US$ 116 bilhões no período. Em seguida, estão as soluções baseadas em IaaS – Infraestrutura como Serviço, que chegarão a US$ 50 bilhões em 2020.
O Gartner ainda estima que a oferta de IaaS crescerá 24% ano a ano, o maior percentual de todos os segmentos de mercado. Essa alta é atribuída às demandas de aplicações e cargas de trabalho modernas, que precisam de uma infraestrutura que os data centers tradicionais já não podem mais atender.
“O mercado de serviços gerenciados em nuvem está se tornando cada vez mais sofisticado e competitivo. De fato, até 2022, mais de 60% das organizações usarão uma oferta de serviços de cloud gerenciada por um provedor de serviços externo, o dobro da porcentagem de organizações que adotavam este formato até 2018″, diz Sid Nag, vice-presidente de pesquisa do Gartner, acrescentando que recursos nativos de nuvem, serviços de gestão de aplicações, operações multicloud e infraestruturas híbridas compreendem um ecossistema de nuvem diversificado que será um importante diferencial para os gerentes de produtos de tecnologia. “A demanda por resultados estratégicos obtidos por meio de serviços em nuvem sinaliza uma mudança organizacional em direção aos resultados de negócios digitais”, completa.
Diante dessas transformações, é fundamental que os projetistas e gestores de data centers pensem em planos de expansão e construção que incorporem soluções flexíveis e escaláveis, que se ajustem à nova dinâmica do negócio, com segurança e confiabilidade para a entrega de aplicações. Há ainda um tema adicional. É preciso considerar sistemas de gerenciamento eficientes e unificados, capazes de fornecer uma visão em tempo real dos recursos. Essas soluções facilitam a gestão de infraestruturas cada vez mais complexas, melhorando a operação do ambiente e reduzindo o downtime.