Em 2025, 13% das conexões móveis na América Latina serão com 5G
Redação, Infra News Telecom
A edição de junho do relatório Mobility Report da Ericsson indica que o 5G será responsável por 13% das conexões móveis na América Latina. As primeiras implantações do 5G nos países latino-americanos estão previstas para começar ainda este ano, na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. Hoje, a LTE é a tecnologia de acesso via rádio dominante na região, com 51% das assinaturas em 2019 e previsão de alcançar 68%, em 2025.
A Ericsson ainda acredita que o número global de assinaturas de 5G chegará a 190 milhões no final de 2020 – e a 2,8 bilhões no final de 2025. Além disso, o relatório analisa incisivamente o papel das redes e da infraestrutura digital ao manter as sociedades em funcionamento e as famílias conectadas durante a pandemia da Covid-19.
“A disseminação da Covid-19 levou pessoas de todo o mundo a mudar suas vidas diárias e, em muitos casos, a trabalhar ou estudar em casa. Com isso, houve uma rápida mudança do tráfego de rede das áreas comerciais para as residenciais. Neste cenário, as redes móveis e fixas cada vez mais são componentes importantes de uma infraestrutura nacional crítica”, afirma Paulo Bernardocki, diretor de soluções e tecnologia de redes da Ericsson.
Embora a pandemia tenha desacelerado o crescimento das assinaturas de 5G em alguns mercados, houve aceleração em outros. Por isso, a Ericsson elevou sua previsão para o final de 2020 do número global de assinaturas de 5G. “Além de medir o sucesso do 5G pelo volume de assinaturas, seu impacto será julgado pelos benefícios que traz para pessoas e empresas. O 5G foi feito para a inovação, e esta crise destacou o verdadeiro valor da conectividade e o papel que ela pode desempenhar no reinício das economias”, acrescenta Bernardocki.
O valor da infraestrutura digital
Alterações no comportamento dos usuários devido à quarentena provocada pela Covid-19 causaram alterações mensuráveis no uso de redes fixas e móveis. A maior parte do aumento do tráfego foi absorvida pelas redes residenciais fixas, que tiveram um crescimento de 20 a 100%. Mas muitos provedores de serviços também notaram um aumento na demanda em suas redes móveis.
Em um estudo recente realizado pelo Ericsson Consumer Lab, 83% dos entrevistados de 11 países afirmam que as tecnologias de informação (TICs) têm sido de grande ajuda para lidar com a quarentena. Os resultados mostram uma maior adoção e uso de serviços de TIC, como aplicativos de e-learning e bem-estar, que ajudaram os consumidores a se adaptarem a novas realidades, sustentadas pela conectividade.
No futuro, enquanto 57% dos entrevistados do estudo Ericsson Consumer Lab afirmam pretender economizar dinheiro para fins de segurança financeira, um terço planeja investir em 5G e em uma banda larga aprimorada em casa para estar mais bem preparado para uma segunda potencial onda de Covid-19.
A FWA assume um papel expandido
Prevê-se que as conexões sem fio fixas (FWA) cheguem a quase 160 milhões até o final de 2025, totalizando cerca de 25% do tráfego de dados da rede móvel global e atingindo 53 exabytes. Será um crescimento de quase 8 vezes em comparação aos números do final de 2019, quando o tráfego global de dados de FWA havia sido estimado em cerca de 15% do total global.
As FWA de 4G ou 5G são uma alternativa cada vez mais econômica para o fornecimento de banda larga. É um mercado impulsionado por vários tipos de atividade, como as demandas de consumidores e empresas por serviços digitais, além de programas e subsídios patrocinados pelo governo.
O relatório também inclui previsões sobre o crescimento do tráfego de dados, assinaturas regionais e informações sobre jogos baseados na nuvem, além de artigos detalhados sobre redes dedicadas privadas e a estratégia de ondas milimétricas da Verizon para áreas metropolitanas direcionadas.
A Ericsson possui mais de 93 acordos comerciais de 5G ou contratos com provedores de serviços de comunicação exclusivos, dos quais 40 são redes em funcionamento.