Entenda como o DevOps pode ajudar o seu negócio

Além de integrar as equipes de desenvolvimento e operação de uma companhia, a implementação da cultura DevOps assegura a entrega correta de software, o que está diretamente ligado à sobrevivência de um negócio nos dias atuais.

Rodrigo Santos, DevOps Engineer da Mandic Cloud Solutions

  Do ponto de vista conceitual, adotar práticas DevOps é fomentar a colaboração entre as equipes de desenvolvimento e de operação. Pesquisas recentes mostram que essa metodologia traz vários benefícios para os negócios das empresas, como diminuir os custos com a infraestrutura, acelerar a velocidade para o time to market (tempo que um produto leva para ser lançado) em até 30%; reduzir falhas de código em até 80% e, principalmente, aumentar a satisfação dos clientes.

  Isso demonstra que, muito além de integrar as equipes de desenvolvimento e operação de uma companhia, a implementação de práticas de colaboração assegura a entrega correta de software, o que está diretamente ligado à sobrevivência de um negócio nos dias atuais.

  As empresas que optam por essa nova forma de gestão experimentam ainda ganhos relacionados à eficiência operacional, fluidez na comunicação entre equipes e redução de custos da TI. Assim, o DevOps é mais do que uma metodologia ou um conjunto de ferramentas: ele assume o papel de ser uma nova mentalidade, calcada em conceitos e em passos para automatizar o processo de desenvolvimento tanto quanto possível.

  Mas para que tudo isso seja possível e aplicável, existem alguns passos iniciais rumo à mudança de cultura organizacional. E os motivos são óbvios: não há como transformar uma realidade interna sem que crenças anteriores e limitantes sejam derrubadas.

A cultura DevOps

  Se pensarmos nas últimas décadas, o modelo das organizações tem sido baseado no conceito de estabilidade operacional, ou seja, um sistema criado para resistir a mudanças. Logo, tudo o que prega a cultura DevOps coloca à prova essa mentalidade e muitas empresas tentam resistir. Outras, sem muito entendimento, criam projetos que tentam incorporar algumas ações dentro deste cenário disruptivo. Porém, elas não são bem-sucedidas, pois esquecem que a essência de tudo isso é a gestão.

  As empresas precisam entender que esse movimento gera uma grande mudança cultural, que vai ao encontro do objetivo de negócio e repercute em todas as áreas da companhia.

  É claro que o modelo que permeou e ainda permeia as diretrizes e a governança da área de TI busca a estabilidade e é resistente a mudanças. O grande desafio para os executivos é sustentar esses modelos rígidos em um mundo onde a instabilidade virou regra e onde tempo e a adaptabilidade são essenciais para a sobrevivência empresarial.

  Os métodos e práticas de TI estão sendo ajustados à velocidade das mudanças do cenário empresarial atual. As demandas que as áreas técnicas recebiam há alguns anos estavam intimamente ligadas à indisponibilidade, contingência e missão crítica. Atualmente, os profissionais de TI são questionados a responder se estão preparados para enfrentar competidores que surgem inesperadamente e precisam compreender rápido que o sucesso do negócio está diretamente relacionado à gestão dos sistemas.

  Não há dúvida que a “cabeça” do gestor de TI precisa mudar e compreender muito mais sobre o negócio do que lhe era exigido há alguns anos. Para isso, é fundamental que todos os envolvidos no desenvolvimento e sustentação dos sistemas rompam os seus feudos para enxergar que o constante aprendizado sobre o negócio não é mais um diferencial, e sim um ponto decisivo na sobrevivência e sustentabilidade da empresa.