Entre março e abril, comércio eletrônico cresceu 41% no Brasil
Redação, Infra News Telecom
Entre março e abril de 2020, as vendas por meio do comércio eletrônico cresceram 41% no país, de acordo com um levantamento da PayU, fintech e divisão de pagamentos digitais da Prosus. Em 12 meses (abril de 2019 a abril de 2020), o aumento foi de 28%.
Segundo a pesquisa, que analisou o cenário na América Latina, o Brasil foi o país com os percentuais mais altos, seguido pela Colômbia (com um crescimento de 21% entre março e abril de 2020) e a Argentina (com aumento de 12% no período). O Peru e o México registraram queda de 12% e 8%, respectivamente, mês contra mês.
O comércio eletrônico do setor de alimentos foi o que mais cresceu no período: 131%. O segundo setor com maior crescimento, é de moda, que registrou 122% de aumento em abril, em comparação com março.
“No início de março, quando a Covid-19 começou a se espalhar pela região, o setor de moda, teve uma queda significativa, atingindo seu pico mais baixo no domingo, 22 de março. Porém, as marcas se adaptaram à situação, oferecendo produtos para as pessoas usarem em casa, com comunicação voltada para o conforto. Isso contribui para sua rápida recuperação em abril,” afirma Felipe Gonçalves, country manager da PayU no Brasil.
Outros setores que tiveram um bom crescimento são as vendas por catálogos e marketing multinível, com 81%; e serviços médicos, com 49%, devido a aquisição de itens de farmácia e equipamentos médicos para hospitais, seguidos por maquinários (34%), educação e bens domésticos – ambos com 33%.
O estudo ainda aponta os setores com mais dificuldade no período. As demandas no segmento de transporte, que engloba companhias aéreas, serviços de transporte colaborativo e intermunicipal, registraram queda de 71%. Isso se deve ao medo de contágio do COVID-19 e medidas de isolamento. Essas mudanças impactam diretamente no setor de turismo, como agências de viagens, guias turísticos e hotéis, que, devido às restrições, tiveram uma queda de 39% em abril, em comparação com março de 2020. Nos últimos 12 meses, a queda é ainda maior – 65% frente a abril de 2019.
“Estamos vivenciando uma crise sem precedentes e a maior parte das empresas está buscando medidas para sobreviver e manter os empregos. O comércio eletrônico é uma ótima saída para a situação, pois possibilita a continuidade da operação, menos que de forma reduzida”, diz Gonçalves. Para o executivo, essa situação impactará inclusive nos hábitos de consumo da população. “O comportamento das empresas e consumidores está se voltando cada vez mais para o digital. E, embora ainda não tenhamos certeza de como será o mundo pós-pandemia, podemos afirmar que cada vez mais as pessoas buscarão pela praticidade e segurança que o comércio eletrônico oferece”, afirma o executivo.
O levantamento da PayU analisou dados de 115 milhões de transações online processadas anualmente em mais de 22 mil lojas na Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Panamá.