Estudo revela o comportamento das empresas brasileiras para a adoção da nuvem
Redação, Infra News Telecom
A Nutanix, empresa especializada em computação em nuvem corporativa, realizou uma pesquisa sobre a implementação de nuvem nas principais empresas brasileiras.
Segundo o estudo, as companhias do país pretendem diminuir cerca de 2,5 vezes o uso de data centres tradicionais, além de reduzir a utilização de nuvem privada em 1,5 vez, nos próximos dois anos. As organizações brasileiras aumentarão rapidamente o uso de nuvens públicas únicas e de multi-cloud durante o mesmo período, passando de 18%, em 2018, para 27% até o final de 2020.
Mas ainda existe um caminho a percorrer no segmento de nuvem híbrida, com 18% do total (nas Américas o percentual chega a 22%) e ao uso de serviços de nuvem pública (11% no Brasil e 14% nas empresas globais).
Em relação aos data centers tradicionais, o Brasil tem mostrado um padrão moderado de execução. Hoje, as empresas concentram mais workloads em data centers tradicionais e nuvens privadas, com 46% da distribuição, em relação à média das empresas globais e das Américas, ambas com 41%.
Nos próximos dois anos, o Brasil deve seguir a tendência mundial de expansão e crescimento de transferência de workloads para ambientes em nuvem, apesar de ainda ficar atrás do restante do mundo na adoção da nuvem híbrida. O percentual brasileiro será de 27%, enquanto os dados nas Américas e global chegarão a 39% e 41%, respectivamente.
“À medida que as empresas exigem maior mobilidade e operacionalidade de aplicações, a infraestrutura de nuvem híbrida ganha espaço. Mas, os resultados do estudo mostram uma lacuna importante no mercado: as organizações precisam de talentos de TI para gerenciar os seus modelos de nuvem híbrida, especialmente nos próximos dois anos,” diz Ben Gibson, diretor de marketing da Nutanix.
Orçamentos de TI na nuvem pública
Ainda de acordo com o estudo, as implantações de serviços de nuvem pública excederam 36% dos orçamentos de TI em todo o mundo e 30% na região das Américas. No Brasil, 22% das empresas informaram ultrapassar os seus orçamentos de nuvem pública.
Para 57% das empresas brasileiras entrevistadas os serviços de nuvem pública atenderam a todas as suas necessidades, índice bem acima da média global de 42% e Américas 53,5%.
Os departamentos de TI corporativos usam vários critérios para decidir qual infraestrutura usar para as suas várias aplicações. A segurança de dados e a conformidade obtiveram a melhor classificação entre os entrevistados globais (31%), das Américas (33%) e do Brasil (37%).
Em geral, os entrevistados selecionaram o custo, em segundo lugar, como o principal critério, novamente com o Brasil selecionando esse fator com mais frequência do que seus pares em outras regiões. Todos os entrevistados selecionaram o desempenho como o terceiro fator mais frequente.
“Embora o advento da nuvem pública tenha aumentado a eficiência de TI em determinadas áreas, os recursos de nuvem híbrida são o próximo passo para fornecer a liberdade de provisionar e gerenciar dinamicamente os aplicativos com base nas necessidades de negócios”, acrescentou Gibson.