Ex-InfraCo, V.tal terá 32 milhões de homes passed até 2025
Redação, Infra News Telecom
A V.tal é a nova marca da InfraCo, empresa de rede neutra de conectividade fim a fim criada a partir da separação estrutural dos ativos de infraestrutura de fibra da Oi.
A companhia, com uma infraestrutura de rede óptica de 400 mil km de extensão, atende as principais operadoras de telecomunicações do Brasil, grandes conglomerados internacionais e mais de 260 ISPs – provedores de serviços de Internet.
Avaliada em mais de R$ 20 bilhões, a V.tal tem investimentos previstos de mais de R$ 30 bilhões até 2025, quando deve alcançar 32 milhões de homes passed em todo o país. “Nossa proposta é atender as mais diversas empresas de telecomunicações, das operadoras aos provedores regionais, ajudando a expandir a oferta de banda larga de altíssima velocidade em todo o Brasil”, diz o chief commercial officer da nova operação, Pedro Luiz Arakawa.
A V.tal será futuramente controlada por fundos de investimento do Banco BTG Pactual, após a conclusão do processo de transferência de participação de controle, atualmente com a Oi, que envolve as devidas aprovações do Cade, Anatel e outras aplicáveis. Esse processo foi iniciado a partir da homologação do BTG como vencedor do processo competitivo conduzido pela Oi para a venda do controle de sua operação de infraestrutura de fibra.
A empresa já conta com operação comercial, governança e administração apartadas das demais operações da Oi (“Chinese Wall”), assegurando sua atuação em conformidade com a regulamentação e normas do mercado. Após o fechamento da operação de alienação de controle, os fundos de investimento do BTG assumirão a responsabilidade pela gestão da companhia, e a Oi permanecerá como acionista minoritária e importante cliente da empresa. A previsão é de que a operação esteja concluída até o fim de 2021.
“A criação da V.tal como operação neutra materializa a visão de separação estrutural proposta em nosso plano de transformação e permite o início de um novo ciclo de crescimento da infraestrutura de telecomunicações no país”, acrescenta Rodrigo Abreu, CEO da Oi.
As redes neutras já são realidade no setor de telecomunicações em todo o mundo. Adotado em vários países, como Itália, Espanha, Reino Unido, Suíça e Austrália, este modelo permite que as operadoras e provedores expandam suas operações sem a necessidade de investimentos intensivos em infraestrutura e foquem na excelência do atendimento e no lançamento de soluções inovadoras para o consumidor final, que inclusive facilita a entrada de novos players. “Fora do Brasil, por exemplo, há empresas de energia elétrica incluindo ofertas de banda larga via fibra para seus clientes por meio do uso de redes neutras”, diz Arakawa.