Faixa de 3,5 GHz será fundamental para o desenvolvimento do 5G na AL
Redação, Infra News Telecom
De acordo com a 5G Américas, associação setorial sobre 5G e LTE para as Américas, a alocação de mais espectro radioelétrico para serviços móveis na América Latina e no Caribe é essencial para o desenvolvimento da conectividade móvel. A faixa de 3,5 GHz (3,3 – 3,8 GHz) será fundamental para este propósito, pois tem sido identificada em todo o mundo como uma banda apta para o desenvolvimento do 5G.
A frequência foi incluída em “leilões 5G” na Ásia, Europa e América do Norte. Na América Latina, o Brasil e o Chile planejam licitar as sobras entre 2020 e 2021, enquanto que em Porto Rico se alocou a capacidade em 2020. A identificação quase global da banda de 3,5 GHz irá gerar um mercado mundial para os dispositivos móveis 5G que suportam a banda de 3,5 GHz e vai estimular economias de escala para que existam terminais acessíveis. A banda de 3,5 GHz dará capacidade à indústria móvel para desenvolver 5G além de sua fase inicial, que “apoia” elementos de infraestrutura de rede 4G para operar.
Para a 5G Américas, um fator que pode acelerar o uso da faixa de 3,5 GHz na América Latina é que, dependendo do país, algumas operadoras já contam com este espectro. Esta banda alocou vários mercados durante as décadas de 1990 e 2000 para sistemas de acesso fixo sem fio que não tiveram o desenvolvimento esperado.
Em comunicado, a associação destacou que nem todas estas alocações pré-existentes são para serviços móveis, porém os governos devem organizar a banda de 3,5 GHz e expedir as autorizações requeridas para utilização destes serviços (incluindo aplicações fixas sem fio) por licenciadores pré-existentes que possam desenvolver o 5G e para permitir também a alocação do resto do espectro mediante licitações transparentes e equitativas que fomentem acesso a esta porção estratégica do espectro.
Uso temporal de espectro radioelétrico
O distanciamento social durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para o aumento do tráfego de dados móveis em vários países da região. No Panamá, Peru, Porto Rico e Trindade e Tobago os governos permitiram o uso temporal de espectro como medida para ampliar a capacidade das redes celulares durante a crise sanitária que mostrou a importância de alocar espectro suficiente em uma região na qual o acesso à Internet é habilitado, principalmente por tecnologias móveis.
Para a 5G Américas, é necessário que se licitem blocos disponíveis dentro de bandas que já estão em uso por redes 4G, mas também é importante que se planeje o uso do espectro para redes móveis de quinta geração.