IoT nas redes industriais
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Numa unidade industrial a confiabilidade e a disponibilidade são elementos mandatórios. Afinal, qualquer interrupção na transmissão de dados pode gerar prejuízos financeiros e de imagem. Empresas de todo o mundo também buscam nas tecnologias de indústria 4.0 e IoT – Internet das coisas mais flexibilidade e eficiência para a operação, além de redução de custos.
De acordo com um estudo da consultoria Markets and Markets, o mercado global de IIoT – Internet das coisas industrial deve crescer de US$ 76,7 bilhões em 2021 para US$ 106,1 bilhões em 2026, com uma CAGR – taxa de crescimento anual composta de 6,7%, durante o período de previsão.
No Brasil, a IIoT – Internet das coisas industrial ainda é incipiente e apresenta desafios, porém muitas empresas já deram largada para essa nova era tecnológica, buscando otimizar, principalmente, os seus processos de negócios, com uma operação mais simples, mais rápida e de maior desempenho.
O estudo “IoT Snapshot 2022”, elaborado pela Logicalis, empresa global de soluções e serviços de tecnologia da informação e comunicação, mostra que, entre 2018 e 2021, o número de companhias com PoCs – prova de conceito, projetos piloto ou iniciativas em produção de IoT cresceu 15% na América Hispânica e 25% no Brasil, com 57% das organizações brasileiras já em processo de implementação. Os setores brasileiros com planos mais concretos de investimento são o agronegócio (50%) e manufatura (49%).
Para Mauricio Finotti, do comitê de manufatura da Abinc – Associação Brasileira de Internet das Coisas, a capacitação dos gestores para entender como a IoT e outras tecnologias de transformação digital podem ajudar no controle das operações das indústrias e a utilização de ferramentas digitais (videoconferência, realidade aumentada, etc.) para acessar ao chão de fábrica e conhecer os problemas reais são alguns entraves para a adoção da IIoT no Brasil. “Apesar disso, por conta da pandemia, houve uma maior integração entre o setor de TI e o chão de fábrica com o intuito de facilitar a implementação de ferramentas digitais e aproximar as áreas produtivas e de suporte. Foram feitos investimentos, principalmente, em serviços de monitoramento de funcionamento e produtividade de equipamentos e de produtos em campo. Isso permitiu o acompanhamento da produtividade das fábricas e a otimização de equipe de assistência técnica.”
Um artigo publicado nesta edição trata sobre a arquitetura, segurança e aplicações de IIoT. De acordo com os autores, a Internet das coisas “abre caminho para a criação de infraestruturas conectadas de forma abrangente para oferecer suporte a serviços inovadores e promete maior flexibilidade e eficiência”. O artigo traz exemplos de aplicações nas indústrias automotiva e de petróleo e gás.
Outros temas abordados são web 3.0, transmissores de detecção coerente, dark web, analytics as a service e carreira.
Boa leitura!
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.