IX.br chega a 20 Tbit/s de pico de tráfego
Redação, Infra News Telecom
O IX.br – Brasil Internet Exchange alcançou mais uma marca histórica, atingindo, no início de dezembro, o pico de 20 Tbit/s de troca de tráfego Internet, 43% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2020. Projeto do NIC.br – Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e apoiado pelo CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil, o IX.br é considerado um dos maiores conjuntos mundiais de PTTs – pontos de troca de tráfego de Internet.
O gerente de infraestrutura do IX.br, Júlio Sirota, explica que a marca se refere ao tráfego agregado das 35 localidades onde há presença do IX.br, e está relacionada à maior procura por conexão aos IXPs (Internet Exchange Points, ou seja, PTTs) do NIC.br. “Esse resultado é reflexo do crescimento do número de Sistemas Autônomos em território nacional, redes independentes que se conectam e colaboram entre si, compondo a Internet no país.”
Segundo Sirota, os PTTs se propõem a interconectar redes em regiões metropolitanas, e o aumento delas impacta na quantidade de participantes no IX.br. “Desde março do ano passado, estamos tendo um incremento no número de empresas interessadas em tomar parte na troca de tráfego, sejam elas provedores de acesso à Internet ou de conteúdo.”
O gerente ainda destaca o aumento do número de provedores de Internet no país nos últimos anos. “Há muitas empresas sendo criadas para explorar o mercado de conexão à Internet, principalmente nas pequenas e médias cidades, nas quais as grandes operadoras podem demorar mais a chegar, ou não têm tanto interesse em atuar”.
Os PTTs são pontos neutros nos quais diversas organizações se interligam para trocar pacotes de dados Internet entre si. Eles são instalados em datacenters e contam com equipamentos que permitem a conexão simultânea de centenas de organizações: empresas de streaming de vídeo, sítios de buscas, redes sociais, bancos, universidades, órgãos de governo, entre outras. “Essa união de redes permite que a Internet fique mais veloz, eficiente, resistente a falhas, e com custo mais baixo.”
O NIC.br, por meio do IX.br, opera 35 Internet Exchanges distribuídos nas cinco regiões do país. A entidade tem trabalhado ainda para, assim, diminuir a distância entre o conteúdo e seus usuários, o que contribui para melhorar a experiência on-line. São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza são locais onde muitas CDNs – Content Delivery Networks já têm instalações próprias para distribuição de conteúdo e, por isso, o NIC.br vem investindo no projeto OpenCDN, que promove e facilita a distribuição de conteúdos em cidades, como Salvador e Manaus, e outras que estão atualmente em estudo.