Laboratório de cibersegurança da Febraban treina profissionais de mais de 70 instituições financeiras
Redação, Infra News Telecom
Inaugurado em setembro de 2020, o “Laboratório de Segurança Cibernética” da Febraban – Federação Brasileira de Bancos já realizou 40 treinamentos (todos gratuitos) com 3,9 mil inscrições, sendo 14 com simulações de ataques por meio de exercícios práticos entre os participantes. Ao todo 72 instituições associadas à organização, de um total de 114, já participaram das ações – somente no ano passado foram 36 treinamentos.
“A criação do laboratório e suas atividades acompanham os esforços dos bancos para que seus clientes realizem no dia a dia transações bancárias com 100% de segurança. Também está em sintonia com o crescimento significativo das operações eletrônicas (Internet e celular) nos últimos anos, e que hoje já somam 67% de um total de 103,5 bilhões transações bancárias”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban. O setor investe R$ 25,7 bilhões em segurança, sendo que 10% desse total em combate a fraudes e golpes cibernéticos.
Com sede em São Paulo, o laboratório e é o primeiro do tipo feito para o Sistema Financeiro Nacional. Seu objetivo é a colaboração e união de forças entre as equipes dos bancos associados em ações de prevenção, identificação e combate ao crime cibernético. Além dos treinamentos, os profissionais envolvidos com o projeto também buscam soluções inovadoras e o uso tecnologias de ponta para fortalecer os sistemas e equipes de defesa das instituições financeiras.
O laboratório ainda automatizou o envio de eventos relacionados a ameaças cibernéticas, conectando sua infraestrutura com diversos centros de segurança cibernética ao redor do mundo, e enviando informações aos respectivos centros de monitoramento dos bancos. Em 2021, foram enviados mais de 1,6 mil alertas com informações contextualizadas das ameaças ao setor bancário ao redor do mundo.
Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, destaca a realização de treinamentos técnicos que trazem situações de ataques atuais, além dos CTF – Capture the Flag, competições entre profissionais de cibersegurança, que enfrentam desafios em cenários reais dentro de um ambiente controlado e hiper-realista fazendo uso de tecnologia avançada de simulação. Também há workshops sobre ameaças e defesas cibernéticas, além da elaboração de análises técnicas e de impactos em sistemas financeiros ao redor do mundo.
Neste semestre, o laboratório já tem previstas novas ações com exercícios de simulação de crise cibernética. “Serão abordados diversos cenários de ataques cibernéticos em um ambiente isolado, controlado e protegido, simulando a realidade de ameaças atuais. O objetivo é medir as respostas dos times técnicos, táticos e estratégicos às situações de crises ocasionadas por ataques de cibercriminosos direcionados ao sistema financeiro”, acrescenta Vilain.
Ainda estão na agenda ações de avaliação e colaboração em segurança cibernética com prestadores de serviços do setor financeiro para promover conscientização e também ressaltar a importância de atuação conjunta para que o setor se torne cada vez mais forte no ciberespaço.