Novo satélite da Embratel vai acelerar a digitalização de antenas parabólicas
A Embratel está construindo um novo satélite, o Star One D2, para ampliar a digitalização dos sinais enviados a mais de 20 milhões de parabólicas, que atualmente recebem transmissão aberta de TV via satélite.
O Star One D2 ocupará a hot position em 70O W, substituindo o Star One C2, já em 2020. Equipado com Banda C de maior potência, o satélite permitirá a transmissão de sinais usando os atuais padrões de transmissões analógicas e digitais, como também o novo padrão digital 16APSK/H.265/DVB – S2X, aumentando a oferta de canais recebidos pelas parabólicas apontadas para esta posição.
“Este satélite foi especialmente desenhado para levar mais potência e qualidade aos sinais de televisão transmitidos. Permitirá a aceleração do processo de digitalização dos sinais analógicos e maior oferta de canais de alta definição (HD) com custos mais baixos e antenas de recepção menores”, diz Gustavo Silbert, diretor executivo da Embratel
Este será o maior satélite já fabricado pela Embratel. Terá Banda Ka para atender às demandas de backhaul de telefonia celular e será equipado com as bandas C e Ku, complementando as ofertas de capacidade para demandas de dados, vídeo e Internet de clientes corporativos, além de ampliar as redes de backhaul celular existentes em Banda Ku.
Silbert explica que o satélite terá uma potência estimada de 19,3 KW e massa de lançamento estimada de 6,3 toneladas. O equipamento será construído para ter uma vida útil de mais de 18 anos. Terá 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em Banda C, 24 transponders em Banda Ku e 20 Gbps de capacidade em Banda Ka.
O Star One D2 complementará a cobertura de Banda Ka do satélite Star One D1, que se encontra na posição de 84ºW, ampliando as ofertas de Internet e banda larga, em praticamente todo o território nacional. Também viabilizará o aumento de serviços de dados corporativos para órgãos do Governo e empresas dos mais diversos setores.
Para Silbert, a digitalização das parabólicas está em processo acelerado e os sinais de Banda C deverão conviver com as transmissões 5G pela faixa 3,5 GHz. “Estamos confiantes que as tecnologias poderão coexistir de forma harmônica”.
Uma das mudanças necessárias para mitigar eventuais interferências do 3,5 GHz terrestre é a implementação de um novo amplificador digital LNBF nas parabólicas. “Acreditamos que esse será o caminho menos oneroso e mais veloz para permitir a convivência dos sinais do 5G e da Banda C, mas esse é um tema que ainda está em discussão por todos participantes dos segmentos impactados”, finaliza o executivo.