O impacto da IA generativa nos data centers
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
A IA generativa já chama a atenção de empresas de diferentes segmentos. Um estudo feito pela BI – Bloomberg Intelligence, que fornece análises sobre diferentes indústrias e mercados, indica que a receita global gerada pela tecnologia deve saltar de US$ 40 bilhões, em 2022, para US$ 1,3 trilhão até 2032. A expectativa é que o setor cresça a uma taxa anual de 42% nos próximos nove anos.
Ainda de acordo com o levantamento, a área de hardware vai puxar esse crescimento, alcançando US$ 641 bilhões. Deste volume, US$ 473 bilhões devem ir para infraestrutura, US$ 168 bilhões para dispositivos diversos e U$ 108 bilhões a servidores e armazenamentos.
A IA generativa promete proporcionar grandes benefícios aos negócios, oferecendo insights valiosos. Mas para que isso aconteça, é necessário preparar a infraestrutura de TI para alojar e proteger um imenso volume de dados.
Nesse sentido, os data centers têm um papel crucial e devem ser projetados com uma arquitetura capaz de acomodar às demandas da IA generativa, considerando desde requisitos de conectividade, disponibilidade e consumo de energia até a qualificação do time de profissionais.
Um artigo publicado nesta edição mostra a importância da gestão dos dados e o impacto da IA generativa nos data centers. Segundo o autor, as empresas precisam ter em mente que para aproveitar os benefícios da tecnologia é fundamental ter estratégias claras de como manter o controle dos dados. “As ferramentas de IA generativa crescem com base nos dados. Quanto mais e melhores dados elas recebem, mais inteligentes se tornam. Para as empresas, aproveitá-los onde é realmente importante, exige dados novos que vão além do domínio público.”
O autor também defende os data centers totalmente flash, como parte da jornada de sucesso para a IA generativa. “Não se trata apenas de armazenar, mover e manipular dados, mas a interpretação dos dados por meio de modelos e as ferramentas para construir esses modelos se tornam componentes críticos de todos os kits de ferramentas que as empresas de software têm a oferecer”.
Outros temas desta edição são criatividade humana x inteligência artificial, DDoS, uso de cabos, conectores e adaptadores de alta frequência e telecomunicações, IA para prever inadimplências, platform engineering, tecnologias emergentes e carreira.
Boa leitura!
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.