O poder da IoT e sua avalanche de dados
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil
A IoT – Internet das coisas percorreu um longo caminho desde quando surgiu o conceito de “casa inteligente”. Hoje para uma infraestrutura global inteligente, com milhões de dispositivos IoT conectados. Ao longo dessa escala evolutiva, a praticidade da IoT se tornou clara, mas, por outro lado, a imensidão de dados gerados nessa jornada trouxe alguns desafios.
A IoT cria zettabytes de dados o tempo todo, e esses dados, além de grandes, são desestruturados. Isso significa que é preciso muito mais do que apenas armazená-los, é necessário processar, minerar e analisar esses dados. E aí é que está o grande desafio que vem tirando a paz de muitas empresas que buscam por uma infraestrutura capaz de acompanhar seus planos de inovação.
Os dados da IoT estão explodindo — em escopo e valor
A IoT é composta por máquinas, sistemas, sensores, câmeras e outros equipamentos que estão conectados com outras máquinas e sistemas para compartilhar, armazenar e processar dados.
A IDC prevê que até 2025, serão 152 mil dispositivos IoT conectados à Internet por minuto, ou seja, algo equivalente a um número total de dispositivos conectados entre 27 bilhões e 80 bilhões. Cada um desses dispositivos gera seus próprios grandes volumes de dados não estruturados em tempo real, muitos dos quais precisam ser armazenados, gerenciados, agregados e analisados se uma empresa quiser extrair algum valor disso tudo. É um universo cheio de oportunidades – mas não para um hardware legado.
IoT versus dados não estruturados
Os dados não estruturados são os tipos de dados mais comuns, mas também são difíceis de organizar. Os analistas do setor afirmam que eles podem representar de 80% a 90% de toda a coleta de dados de uma organização. Para muitas delas, a maneira mais viável e acessível de armazenar isso era o storage baseado em disco. Mas, para que os dados da IoT sejam úteis, eles precisam estar acessíveis – e com o disco a coisa complica.
Velocidade e agilidade são fundamentais. Os sistemas de análise de big data que podem analisar dados não estruturados e agregá-los a outras fontes e tipos de dados podem fazer conexões e fornecer insights de conjuntos de dados extremamente diferentes, como comportamentos de compra e padrões climáticos ou rotatividade de funcionários.
A importância e as demandas dos dados não estruturados não são diferentes quando se trata de IoT. É aí que está o valor – e onde a tecnologia flash pode mudar o jogo.
O que storage tem a ver com os insights?
O armazenamento é normalmente dividido em silos e eles geralmente se alinham com as várias maneiras como o sistema mantém, organiza e apresenta os dados. Se as soluções de storage forem otimizadas para tipos específicos de dados e cargas de trabalho com base no suporte de protocolo, requisitos de desempenho ou escalabilidade, isso poderá criar problemas para análise de big data. Quando todos os tipos de dados precisam ser armazenados, gerenciados e analisados juntos, a capacidade de organizar, gerenciar e acessar todos os dados da mesma plataforma é fundamental.
Projetos inovadores exigem tecnologias inovadoras para serem bem-sucedidos, e com o 5G, a tendência é que o setor de Telecom se beneficie ainda mais da IoT. O aumento da computação em nuvem para diversas soluções em telecomunicações também é um fator importante, impulsionado, principalmente, pelo uso da IoT pelas operadoras de telefonia. Isso sem mencionar que a relação entre IoT e Telecom também está relacionada ao uso de Machine Learning.
Isso tudo significa mais e mais dados. Ou seja, na jornada IoT o diferencial de um líder é sua capacidade de gerenciar e analisar sua própria imensidão dados para obter insights acionáveis sobre suas operações, preferências dos clientes e tendências em evolução.
Paulo de Godoy tem 20 anos de experiência no mercado de TI, com foco em vendas de soluções para empresas de armazenamento, segurança, integração e interconectividade. O executivo ocupou cargos de liderança em empresas de destaque no setor tecnológico, como Hitachi, IBM e NetApp. Paulo iniciou as atividades na Pure Storage como gerente de vendas em 2014, e em 2016 assumiu a gerência geral da companhia no Brasil.