O valor da experiência moderna de dados em tempos de incertezas
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil
Os dados já estavam à frente das mais importantes discussões corporativas, mas os acontecimentos recentes nos mostraram que uma infraestrutura moderna e equipes qualificadas, aliviadas de cargas administrativas e de manutenção, podem transformar os desafios das empresas em oportunidades de inovação, mesmo em meio aos desafios sem precedentes nos âmbitos econômico, social e político.
A IDC prevê que o volume de dados alcancem 175 ZB de dados em todo o mundo até 2025, um número que deve aumentar significativamente devido à adoção em massa do trabalho remoto. Essa mudança trouxe desafios sem precedentes para as empresas, mas, por outro lado, gerou a oportunidade de reinventar não apenas estratégias, mas organizações inteiras, para que se tornem muito mais ágeis e preparadas para o futuro.
Nestes tempos difíceis, as plataformas de big data, dependentes de tecnologias como a análise de dados, permitem que serviços essenciais continuem atendendo a população, desde assistência médica e logística a serviços bancários. Portanto, é fundamental entender como a abundância de dados que estamos gerando pode ser utilizada, combinada, armazenada e gerenciada com segurança. A infraestrutura legada pode levar ao surgimento de silos de dados, tornando-os inacessíveis e difíceis de mover, mas o caminho que o mercado está seguindo em direção a uma experiência moderna de dados com uma abordagem simples, contínua e sustentável para a TI está mudando o jogo.
Vencer os obstáculos neste cenário exige uma abordagem completamente diferente do que estamos habituados. É preciso compreender que o planejamento para uma crise como essa não envolve apenas o agora, e isso significa que todas as decisões, incluindo financeiras, devem estar completamente alinhadas com a continuidade dos negócios a médio e longo prazos.
As características de uma experiência moderna de dados
À medida que a certeza econômica aumenta e os orçamentos corporativos ficam mais apertados, é fundamental implementar projetos de transformação e modernização digital com baixo risco de aumento de custos. Assim, tornam-se essenciais os modelos de consumo personalizáveis, com infraestrutura que suporte à flexibilidade máxima e permita que as equipes implementem e escalem novos projetos e aplicações.
Outro fator importante é a migração dos dados na nuvem. Foi-se o tempo que era necessário optar por nuvem ou on-premise. As novas tecnologias, como análise de dados, inteligência artificial e machine learning, geralmente exigem o poder e a customização do on-premise. No entanto, as organizações exigem cada vez mais simplicidade, agilidade e flexibilidade, que podem estar na nuvem. Portanto, a nuvem híbrida surgiu como a solução para as empresas aproveitarem a nuvem pública ou privada de acordo com a criticidade das suas cargas de trabalho.
Por fim, a experiência moderna de dados deve ser sustentável, com consumo sob demanda, atualizações sem interrupção e sem a necessidade de comprar equipamentos que ficarão obsoletos e precisarão ser substituídos em apenas alguns anos. Essa é uma estratégia capaz de trazer benefícios para toda a empresa, principalmente porque o controle de gastos pode aliviar capital para investimentos em outras frentes de negócios.
O atual cenário global não é um fator único que move esta transformação digital que estamos vivenciando – no entanto, ela impulsionou os investimentos em tecnologia e inovação que já estavam na agenda das empresas com visão de futuro. E, já que os insights a partir de dados agora têm um papel mais importante do que nunca e o volume de dados só está aumentando, as empresas desejam obter uma experiência moderna e se preparar para o futuro da melhor maneira possível, porque os eventos atuais nos mostraram o quão crucial é a TI e que devemos estar sempre preparados para o inesperado.
Paulo de Godoy tem 20 anos de experiência no mercado de TI, com foco em vendas de soluções para empresas de armazenamento, segurança, integração e interconectividade. O executivo ocupou cargos de liderança em empresas de destaque no setor tecnológico, como Hitachi, IBM e NetApp. Paulo iniciou as atividades na Pure Storage como gerente de vendas em 2014, e em 2016 assumiu a gerência geral da companhia no Brasil.