Operadoras vão perder mais de US$ 2 bilhões em receitas de roaming até 2026
Redação, Infra News Telecom
Um estudo global da Juniper Research indica que as operadoras vão perder cerca de US$ 484 milhões em receitas de roaming devido à identificação incorreta do tráfego de dados em roaming neste ano. A estimativa é que esse volume alcance US$ 2,1 bilhões até 2026. O relatório constatou que a incapacidade de distinguir entre o tráfego de dados 4G e 5G, usando os padrões atuais, resultará em maiores perdas à medida que a indústria de viagens retorna ao patamar pré-pandemia e aumenta a adoção do 5G.
Segundo o estudo, uma estratégia chave para minimizar esse prejuízo é o protocolo BCE – Billing & Charging Evolution, um padrão de ponta a ponta definido pela GSMA com recursos que identificam o tráfego de dados em roaming em diferentes tecnologias de rede.
Roaming 5G
O relatório prevê que haverá mais de 200 milhões de conexões de roaming 5G até 2026 – este ano serão 5 milhões. Em resposta a essa questão, o estudo sugere às operadoras que identifiquem áreas emergentes de vazamento de receita potencial, aproveitando o aprendizado de máquina em ferramentas de análise de roaming para avaliar com eficiência o comportamento de roaming e o uso de dados.
Além disso, para mitigar efetivamente a crescente complexidade dos processos de compensação decorrentes do aumento da demanda por dados durante o roaming, as operadoras devem implantar sistemas baseados no protocolo BCE.
“Ao combinar o BCE com plataformas analíticas de roaming habilitadas para IA, as operadoras estarão idealmente posicionadas para lidar com o aumento de dados em roaming. Separar o tráfego de roaming por conectividade de rede é essencial para permitir que as operadoras cobrem os parceiros de roaming com base na latência e velocidade de download, e maximizar a receita geral de roaming 5G”, diz Scarlett Woodford, autora da pesquisa.