Os 3 pilares para o sucesso de uma estratégia de cloud
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil
A nuvem já provou seu papel fundamental no sucesso das empresas modernas e se tornou um diferencial competitivo para o crescimento. A mais recente pesquisa do Gartner aponta que o mercado global de infraestrutura na nuvem movimentou 64,3 bilhões de dólares em 2020, um crescimento de 40,7% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pela pandemia.
Quando implementada corretamente, a nuvem entrega agilidade nos negócios, com capacidade flexível e escalabilidade, mas o rótulo “nuvem” acabou ganhando diversos significados, tornando o próprio termo nebuloso. As nuvens agora vêm em tantas formas e variedades de provedores e serviços, que podem transformar a implementação em uma tarefa confusa e até assustadora.
A maioria das empresas já tem uma estratégia que geralmente vai desde simplesmente executar ferramentas de produtividade na nuvem até ter um único provedor de nuvem pública, combinando nuvem pública e on-premises e consumindo serviços de vários provedores. Esses ambientes são interoperáveis? Como a empresa deve planejar o dimensionamento e a incorporação de diferentes cargas de trabalho? Elas conseguem os recursos necessários para atender aos objetivos dos negócios?
Essas são questões que devem ser levadas em consideração ao desenvolver e renovar uma estratégia de cloud, e o gerenciamento dos dados merece atenção especial. Levando em conta a importância dos dados em um mercado cada vez mais competitivo impulsionado por esses ativos, é fundamental que eles estejam acessíveis, protegidos e possam se movimentar. O cenário atual exige que os dados sejam gerenciados de forma fácil, consistente e econômica, tanto na nuvem quanto on-premises.
Mobilidade: dados presos não são muito úteis para os negócios
As empresas que adotam aplicativos modernos dependem cada vez mais das nuvens que hospedam seus dados e cargas de trabalho. Usar vários provedores pode gerar problemas na realocação dos dados de um ambiente para outro. A adoção da nuvem precisa facilitar a mobilidade para que os dados subjacentes possam se movimentar com o aplicativo, seja através das nuvens, da nuvem à co-location, ou da nuvem para on-premises.
Felizmente, a mobilidade não é um mito e, para não acabar com dados isolados, o ideal é optar por fornecedores que possuem várias integrações e parcerias. É preciso buscar serviços que se integram perfeitamente com os grandes provedores de nuvem pública, como Microsoft Azure, AWS e Google Cloud.
Além disso, a adoção do Kubernetes permite maior flexibilidade dos dados por ser centrada no aplicativo, para que a empresa possa mover todo o aplicativo ou carga de trabalho quantas vezes forem necessárias. Certificar que o ambiente foi construído para essa portabilidade é uma estratégia moderna que prepara as empresas para as mudanças do futuro, e por isso é tão importante buscar uma plataforma com um plano de dados totalmente integrado ao Kubernetes.
Híbrido = Consistência + Economia
As empresas também querem uma experiência consistente e simples, e acreditam que, por isso, devem optar por um único provedor de nuvem. Na verdade, um provedor pode oferecer centenas de serviços diferentes, mas isso não significa que todos eles são adequados para todas as empresas. Seguir por esse caminho pode ceifar a flexibilidade e restringir os dados, em vez de capacitar os negócios.
Nem sempre a nuvem pública é a melhor opção, e isso significa que o ideal é apostar em uma estratégia “cloud-best”, na qual os negócios vêm em primeiro lugar. Ou seja, é preciso escolher em quais casos a nuvem faz mais sentido, e quando não fizer, manter o controle dos aplicativos por meio de uma configuração híbrida. Além disso, essa estratégia ajuda a manter a eficiência de custo. Os modelos de consumo flexíveis devem ser considerados, pois permitem que as organizações paguem pelo uso, em vez de se envolver na prática complicada de prever os requisitos de capacidade em 18 meses. Isso posicionará as organizações para atender às demandas de negócios em constante mudança, evitando o excesso de capacidade ou compromissos desnecessários de gastos.
Dessa forma, mesmo com uma parte de sua infraestrutura on-premises, as empresas não precisam se preocupar em perder a tão amada flexibilidade da nuvem. Cada vez mais as características da nuvem, como capacidade elástica e modelos baseados no consumo como um serviço, estão disponíveis tanto no ambiente híbrido quanto on-premises,
O combustível de crescimento em um mundo imprevisível
Para aproveitar o máximo da nuvem, é preciso utilizá-la de forma proativa, em vez de reativa. Isso significa ter uma estratégia totalmente desenvolvida, com a garantia de estar antecipadamente equipado para o multi-cloud, e não se bloqueando de quaisquer atualizações de infraestrutura que possam surgir depois que uma arquitetura de nuvem for estabelecida. Com a flexibilidade incorporada à arquitetura, com chances de escolha e com a portabilidade, as empresas estarão preparadas para o crescimento e prontas para lidar com as transformações que estamos vivendo e com as que estão por vir.
Onde quer que sejam usados ou armazenados, os dados corporativos têm um valor imenso. Com a estratégia de nuvem certa e com a portabilidade como ponto central, é possível extrair até a última gota de valor dos dados e usá-los para obter vantagem competitiva.
Paulo de Godoy tem 20 anos de experiência no mercado de TI, com foco em vendas de soluções para empresas de armazenamento, segurança, integração e interconectividade. O executivo ocupou cargos de liderança em empresas de destaque no setor tecnológico, como Hitachi, IBM e NetApp. Paulo iniciou as atividades na Pure Storage como gerente de vendas em 2014, e em 2016 assumiu a gerência geral da companhia no Brasil.