Pandemia acelera a transformação cognitiva
Prof.ª e Dra. Alessandra Montini
Estamos vivendo um momento de muitas perguntas sem respostas e bastante incerteza no Brasil, seja na saúde com a pandemia do Covid-19, na economia do país, desemprego, segurança, política e tantas outras coisas. As redes sociais ganham cada vez mais força e possibilitam que cada um seja dono da sua própria verdade, mas se tem uma coisa que todos precisam concordar é que estamos na Era dos Dados! Sim, somos monitorados 24 horas por dia.
Na década de 1950 o desejo dos pesquisadores era construir computadores com as mesmas características do cérebro humano (máquinas com IA – inteligência artificial). Hoje, temos técnicas de inteligência artificial que podem auxiliar em várias tomadas de decisão. O mercado de IA ajuda milhões de empresas a utilizar dados para converter objetivos em ação.
Um estudo recente da IDC mostra que o mercado mundial de inteligência artificial terá uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 46,2%, chegando a US$ 52 bilhões em 2021. Os gastos com inteligência artificial triplicarão até 2022, com projeção de alcançar US$ 77,6 bilhões daqui a quatro anos, volume três vezes maior do que o registrado em 2018 (US$ 24 bilhões).
Com tudo isso, a transformação digital acabou acelerando ainda mais a inovação. O machine learning e o deep learning deverão crescer mais rápido na categoria de tecnologia, representando cerca de 40% de todos os gastos cognitivos e de inteligência artificial, com um CAGR de cinco anos de 43,1%.
Se você é empreendedor ou gestor de empresa e está lendo este artigo, eu pergunto: ”Você sabe realmente por que precisa de uma solução de IA?; “será que tenho dados necessários para contratar uma solução de inteligência artificial?”; “como os dados devem está estruturados?”; “é possível usar alguma solução pronta?”; “como escolho meu fornecedor para esse tipo de serviço?”; “como usar a solução de IA?”; e “qual é a importância da IA para o meu negócio?”.
Posso te afirmar que esse é um caminho sem volta para todos os setores e indústrias. As práticas e técnicas de machine e deep learning são cada vez mais empregadas pelas empresas em sistemas e demais soluções. Veja alguns exemplos de aplicações:
• Minimizar problemas.
• Otimizar o tempo.
• Gestão de estoques e alinhamento da cadeia de suprimento.
• Evitar ruptura de estoque
• Solicitação automatizada de produtos.
• Melhor gestão de vendas (tempo real).
• Assistentes virtuais, como a Siri.
• Software de reconhecimento facial, como Facebook, que conta com uma grande precisão no reconhecimento de familiares/amigos de usuários, utilizando informações submetidas por eles próprios.
• Ofertas personalizadas sugeridas para seu e-commerce.
• Oferecer produtos com base no rastro digital.
• Monitoramento de menções e referências às empresas no Twitter, associando machine learning a regras linguísticas.
• Detecção de fraudes.
• Pontuação de crédito.
• Vantagem competitiva oferecendo produtos aos clientes com base nos dados gerados pelos sensores.
• Previsão de receitas de uma mercadoria.
• Mensuração de níveis de êxito em campanhas de marketing.
Conclusão, a inteligência artificial auxilia as empresas na análise de dados e na tomada de decisões e analisa as informações de forma inteligente. Os softwares também agrupam dados e aplicam cálculos mais complexos. Esses algoritmos não só absorvem as informações como também refinam tudo aquilo que aprenderam com elas. E você, vai ficar fora dessa?
Diretora do LABDATA-FIA, apaixonada por dados e pela arte de lecionar, Alessandra Montini tem muito orgulho de ter criado na FIA cinco laboratórios para as aulas de Big Data e inteligência Artificial. Possui mais de 20 anos de trajetória nas áreas de Data Mining, Big Data, Inteligência Artificial e Analytics.
Cientista de dados com carreira realizada na Universidade de São Paulo, Alessandra é graduada e mestra em estatística aplicada pelo IME-USP e doutora pela FEA-USP. Com muita dedicação, a profissional chegou ao cargo de professora e pesquisadora na FEA-USP, e já ganhou mais de 30 prêmios de excelência acadêmica pela FEA-USP e mais de 30 prêmios de excelência acadêmica como professora dos cursos de MBA da FIA. Orienta alunos de mestrado e de doutorado na FEA-USP. Membro do Conselho Curador da FIA, é coordenadora de grupos de pesquisa no CNPq, parecerista da FAPESP e colunista de grandes portais de tecnologia.