Qualidade e garantia de desempenho para as redes ópticas
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
A fibra óptica é um elemento-chave para o desenvolvimento das telecomunicações em todo o mundo e no Brasil não é diferente. Segundo dados da Anatel, a tecnologia já é responsável por 57,5% dos acessos de banda larga fixa no país, que em julho último somaram 39,4 milhões.
A qualidade e o bom desempenho das redes ópticas vão além dos investimentos em modernas tecnologias e equipamentos. Essas instalações também dependem de profissionais qualificados e do apoio de normas técnicas com medidas e procedimentos de testes.
Nesta edição, Marcelo Barboza, especialista em cabeamento estruturado e assessor técnico para o selo de eficiência para data centers (CEEDA), detalha a norma brasileira para testes em cabeamento óptico: a NBR 16869-2 – Cabeamento estruturado – Parte 2: Ensaio do cabeamento óptico. Publicada em abril deste ano, ela complementa as demais normas nacionais que tratam do projeto de sistemas de cabeamento estruturado em fibra óptica.
“É preciso testar os enlaces ópticos, principalmente após sua instalação, pois durante a implantação seus componentes são submetidos a vários procedimentos que podem comprometer o desempenho, como tração, curvatura e torção dos cabos ópticos; emendas das fibras; confecção de conectores ópticos; conexão de patch cords em cross-connects”, diz Barboza.
A NBR 16869-2 especifica sistemas e métodos para a execução de testes em enlaces ópticos monomodo e multimodo e pode ser usada em diferentes ambientes, como data centers, escritórios, residências e plantas externas.
A norma também descreve equipamentos, ferramentas e procedimentos que devem ser utilizados, como mínimo, para a execução de testes em enlaces instalados. São eles: kits de limpeza de faces de conectores; microscópio para inspeção da face de conectores; LSPM; OTDR; e respectivos acessórios.
Boa leitura!