Quatro gerações diferentes no mercado de trabalho
Edgar Amorim, facilitador DiSC e coach executivo, da Amorizar Pessoas
Estamos vivendo um momento inédito no mercado de trabalho: temos quatro gerações colaborando e convivendo lado a lado no trabalho. Isso representa uma diversidade geracional nunca visto antes e que representa uma variedade de experiências e estilos de trabalho. Se bem gerenciadas, pode resultar em equipes robustas e inovadoras.
Os nascidos entre 1946 e 1964, a Geração Baby Boomer, são conhecidos por seu comprometimento e dedicação ao trabalho. São impulsionados pela busca de realizações pessoais e profissionais. Adaptar-se às novas tecnologias pode ser um desafio para alguns, mas muitos se dedicam à aprendizagem contínua para se manterem relevantes no mercado.
A Geração X inclui os nascidos entre 1965 e 1980. Eles testemunharam a transição para a era digital e, frequentemente, estão mais confortáveis com novas tecnologias. São conhecidos por sua independência e habilidades de resolução de problemas.
Os nascidos entre 1981 e 1996 são os da Geração Y, ou Millennials. Foram criados em um ambiente digital e são altamente adaptáveis às novas tecnologias. Valorizam a flexibilidade no trabalho e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. São colaborativos e inovadores e isso impacta significativamente nas culturas organizacionais.
A Geração Z é a dos nascidos de 1997 a 2012. São nativos digitais, desde que nasceram estiveram mergulhados no mundo tecnológico. São multitarefas, conectados, frequentemente empreendedores e valorizam a diversidade, buscando igualdade. Enfrentam atenção fragmentada devido à exposição constante a estímulos digitais, representam uma geração influenciada pela era da informação.
Num ambiente de trabalho tão plural, é de se esperar que a comunicação e relacionamento possam passar por dificuldades, mas apesar dessas expectativas, a pesquisa da “Wiley Workplace Intelligence”, organização estadunidense, trouxe surpresas. Eles entrevistaram 2010 pessoas para compreender como cada grupo vivencia a vida no trabalho. Embora tenha sido observado diferenças no relato das gerações, na maioria dos casos elas não eram tão grandes assim.
Das 2010 pessoas entrevistadas, 8% eram Baby Boomers, 36% eram da Geração X, 48% da Geração Y e 9% da Geração Z.
Seguem alguns dados da pesquisa:
Ambiente hostil impactou sua capacidade de realizar seu trabalho?
Os resultados mais altos foram das Gerações Baby Boomers e Z, com 24% de “moderado” e “muito”
É mais importante ter um emprego pessoalmente gratificante do que um que pague bem?
77% dos Baby Boomers e 76% da Geração X, as mais velhas, disseram “concordo” ou “concordo fortemente”. Apesar de alguns dos estereótipos sobre as gerações mais jovens e seu idealismo muitas vezes elevado, a pesquisa mostrou, surpreendentemente, que foram as Gerações X e Baby Boomers que relataram altos níveis de prioridade em relação a um trabalho pessoalmente gratificante.
Trabalhar numa empresa que promove equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é essencial?
57% dos Millennials e 55% da Geração Z disseram que sim, é essencial. As outras gerações também relataram ser importante, mas em menor porcentagem.
Sinto-me compreendido por colegas que nasceram em geração diferente da minha?
Baby Boomers 88%, Geração X 93%, Millennials 88% e Geração Z 88%. Este resultado é surpreendente, já que existe uma impressão de que pessoas de diferentes gerações podem ter dificuldades de compreensão e relacionamento. Independente da geração a qual você pertença, essa pesquisa mostra que, apesar de termos estilos e prioridades ligeiramente diferentes, temos mais em comum do que pensávamos e, com as ferramentas certas, as organizações podem levar essa coesão e compreensão para um nível mais alto.
Para quem quiser ler a pesquisa completa, veja em https://bit.ly/4gera.
Você já tinha pensado nesse tema? Como esse conhecimento pode ajudá-lo em seu local de trabalho e na sua carreira?
Sucesso!
É instrutor certificado Everything DiSC®️ formado pela Wiley Publishing, nos EUA, Coach Executivo e analista comportamental pela Sociedade Latino Americana de Coaching, associada da International Association of Coaching (IAC). Pós-graduado em sócio-psicologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, MBA em Administração de Negócios pelo Instituto Mauá de Tecnologia e engenheiro eletrônico pela Faculdade de Engenharia São Paulo. Tem mais de 40 anos de experiência em organizações de vários portes, incluindo multinacionais, onde assumiu funções de operações e executivas.