Receita anual das empresas do setor financeiro cresce 10% com apoio da inteligência artificial
Redação, Infra News Telecom
A Nvidia Enterprise divulgou um estudo com os principais benefícios e desafios da IA – inteligência artificial no setor financeiro. Foram entrevistados 200 profissionais do segmento ao redor do mundo, incluindo líderes executivos, gerentes, desenvolvedores e arquitetos de TI de empresas de tecnologia financeira, gestoras de investimentos e bancos de varejo.
A maioria dos participantes da pesquisa, denominada “Estado da IA nos Serviços Financeiros” (“The State of AI in Financial Services”, no original), reconhece que a inteligência artificial empresarial tem seu valor: 83% concordaram com a afirmação “a IA é importante para o sucesso da empresa no futuro”.
Os resultados ainda apontam que, para as empresas de serviços financeiros, a IA traz oportunidades de crescimento. Mais da metade dos participantes com opinião formada responderam que a tecnologia aumentará em 10% a receita anual da empresa, sendo que 34% afirmaram que o crescimento da receita é mais de 20%. Por outro lado, apenas 12% dos participantes, com exceção dos que marcaram “Não sei”, afirmam que a IA não contribui para o crescimento da receita.
“Os profissionais de serviços financeiros veem o potencial da IA e estão dispostos a investir mais na tecnologia para cumprir o que ela promete. As empresas, que veem como a IA pode gerar uma vantagem competitiva, criar produtos, aumentar a receita bruta e reduzir os custos para melhorar o resultado, são as que mais estão aproveitando o potencial da tecnologia”, comenta Marcio Aguiar, diretor da Nvidia Enterprise na América Latina.
Os participantes da pesquisa afirmam ainda que a IA ajudou as empresas em três principais áreas: geração de modelos mais precisos (42%), garantia de vantagem competitiva (41%) e criação de produtos (34%).
A pesquisa também identificou alguns obstáculos enfrentados pelo setor para o uso bem-sucedido da IA, começando pelos maiores desafios para atingir as metas de IA das empresas. Os três principais apontados pelos respondentes foram a escassez de cientistas de dados (38%), uma infraestrutura de tecnologia insuficiente (35%) e a falta de dados (35%).
Para superar esses desafios, os executivos estão investindo na especialização da empresa em inteligência artificial. Dos profissionais entrevistados, 60% responderam que o foco principal de agora em diante é identificar outros casos de uso da tecnologia. Um em cada dois executivos participantes destacou que a empresa também pretende contratar mais especialistas em IA para suprir a escassez de cientistas de dados.
Os participantes da pesquisa que trabalham em empresas de tecnologia financeira e investimentos afirmam que, atualmente, a otimização do portfólio e os robôs de investimento são os principais usos da IA priorizados pelas empresas. Esses dados vão ao encontro da maximização do retorno dos clientes sobre os investimentos.
Já os respondentes que trabalham em bancos comerciais e de varejo declaram que as empresas estão investindo em IA principalmente para detectar fraudes por meio de pagamentos, transações e prevenção à lavagem de dinheiro. Esses resultados mostram que o foco principal é proteger os dados financeiros confidenciais dos clientes.