Remessas mundiais de PCs caem 12,3% no primeiro trimestre de 2020
Redação, Infra News Telecom
De acordo com o Gartner, o mercado mundial de PCs experimentou seu maior declínio desde 2013 devido à pandemia da Covid-19. No primeiro trimestre deste ano, as vendas mundiais de PCs totalizaram 51,6 milhões de unidades, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo período de 2019.
“Os resultados dos fornecedores neste trimestre destacam as crescentes incertezas econômicas que estão restringindo os investimentos em PCs, especialmente entre os pequenos e médios negócios. Essas incertezas, junto com o final do pico de atualização do Windows 10, estão fazendo com que as empresas desviem seus orçamentos de TI dos PCs para o planejamento estratégico de continuidade dos negócios”, diz Mikako Kitagawa, Diretora de Pesquisa do Gartner.
Embora a Lenovo tenha mantido sua posição como a empresa número 1 no mercado global de PCs, suas remessas caíram 3,2% no primeiro trimestre de 2020 e 22,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior na região da Ásia-Pacífico.
A HP registrou queda de 12,1% nas remessas de PCs, após três trimestres consecutivos de crescimento. Já a Dell foi a única entre as principais fornecedoras que apresentou crescimento de remessas na comparação ano a ano, aumentando 2,2%.
Visão regional
As remessas de PCs variaram de acordo com a região, dependendo do momento da resposta do governo ao surto de Coronavírus. Como os impactos da doença foram mais aparentes nos EUA somente no final do primeiro trimestre, o mercado de PCs dos EUA ainda registrou crescimento de 0,8%. No entanto, as remessas mostraram um declínio sequencial acentuado de 30,2% em comparação com o último trimestre.
A região Ásia-Pacífico apresentou o pior declínio na comparação anual, de 27,1%, desde que o Gartner começou a rastrear o mercado de PCs. A China foi o país foi o que mais contribuiu para essa redução, com uma queda de mais de 30% em comparação com um ano atrás.
Os desktops tiveram a maior queda do setor, com redução de quase 40%. Os PCs móveis diminuíram 20% – à medida que as demandas por notebooks foram impulsionadas por funcionários em trabalho remoto e estudantes em processo de e-learning.
Na Europa as remessas caíram 7% na comparação anual para 16,8 milhões de unidades.