SD-WAN 2.0
Mario Pires de Almeida Filho, da GDN Tecnologia
O recente anúncio do parceiro tecnológico de nossa empresa sobre a mais nova versão de sua solução SD-WAN me inspirou a comentar um pouco mais sobre o tema SD-WAN 2.0.
O mercado já incorporou o entendimento do conjunto de benefícios oferecidos pela SD-WAN, em especial no que se refere ao seu modelo de governança, segurança, programabilidade, controle e automação da conectividade, entre filiais e seus data centers e entre suas filiais diretamente, de forma agnóstica aos recursos de transporte disponíveis. Porém, o que chamamos agora de SD-WAN 1.0 tem se limitado ao escopo da comunicação entre as localidades remotas.
À medida que as empresas têm estendido as suas aplicações para além de seus data centers privados para nuvens públicas e provedores SaaS para ampliar os seus serviços de valor agregado, incluindo voz, segurança avançada, IoT – Internet das coisas, acesso Wi-Fi e uma diversidade de aplicações SaaS, é necessário que a solução de conectividade apresente o mesmo alcance a essas estruturas de forma unificada – que chamamos de “single pane of glass”, ou numa tradução livre, com visibilidade unificada por toda a rede, incluindo seus data centers, filiais e serviços em nuvem pública.
A SD-WAN 2.0 deve contemplar todos os seus serviços, já a partir de suas aplicações em seus data centers e serviços em nuvem, com políticas de uso e segurança microssegmentada a cada aplicação e a cada usuário da rede, de forma vertical (aplicações para usuários) e horizontal (de aplicações para aplicações), fornecendo uma arquitetura de serviços para orquestrar serviços de TI corporativos em data centers, serviços de nuvem pública, nuvens de provedores SaaS e sites de filiais corporativas em uma nova dinâmica em rede, com recursos flexíveis em várias nuvens, segurança end-to-end robusta e integrada e uma arquitetura versátil para serviços de valor agregado em um ecossistema multi-cloud.
Esses recursos proporcionam uma redução imediata nos custos e despesas operacionais, agilidade superior, consistência operacional em um ambiente com várias nuvens e a capacidade de oferecer um conjunto diversificado de aplicativos e serviços que podem ser consumidos na filial e/ou na nuvem. A solução deve também oferecer recursos analíticos e relatórios que permitam o entendimento completo da rede e de todo o ambiente computacional, independente de sua localização ou formato de nuvem.
Importante lembrar também que uma arquitetura SD-WAN 2.0 deve contemplar a integração com serviços virtualizados de terceiros em uma plataforma aberta X86, que permita a inclusão de VNFs – Virtual Network Functions que agreguem valor à solução na localidade remota e também por service-chainning no data center ou nuvem, eliminando a complexidade de instalar e gerenciar remotamente equipamentos dedicados e específicos para o cliente ou dispositivos de função única.
Em longo prazo, a SD-WAN 2.0 permitirá que as empresas preparem as suas redes para o futuro, abordando não apenas os desafios atuais de TI, mas também se adaptando rapidamente às suas necessidades futuras.
É executivo da GDN Tecnologia, uma cloud services provider e integradora especializada em SDN e SD-WAN. O executivo atua nas áreas de pré-vendas e marketing de produto. Com formação em telecomunicações, tecnologia da informação e marketing estratégico, Mário Pires tem mais de 36 anos de experiência no mercado, trabalhando em empresas como Embratel, Cabletron/Enterasys, Medidata, Mtel, Innovo e 9Net.