SD-WAN agiliza processos de negócios do Grupo Fleury
Redação, Infra News Telecom
Imagine gerenciar centenas de links espalhados por todo o país com qualidade e de forma segura, garantindo a entrega de milhares de aplicações, que incluem desde exames laboratoriais de rotina aos mais complexos diagnósticos por meio de imagens. Soma-se a isso a criticidade de um negócio que não pode falhar e exige baixíssima latência. Para vencer esses desafios, o Grupo Fleury, especializado em medicina diagnóstica e de precisão, decidiu investir na tecnologia SD-WAN.
Hoje, o grupo conta com 180 unidades espalhadas pelo país. Por enquanto, 30 delas fazem parte do projeto e, segundo Luzia Sarno, diretora de TI do Grupo Fleury, a companhia acabou de estende-lo para mais 50 unidades. “Temos prazos bastante agressivos para as construções de novas filiais. Nesse sentido, o conceito SD-WAN, que chamamos de unidades inteligentes, traz agilidade, qualidade e menor custo. Vale dizer que também contamos com operações em hospitais e empresas que pertencem ao grupo”, completa.
De acordo com ela, os resultados referentes ao custo ainda não apareceram, mas a questão de agilidade já está bem clara. “Estamos no início de um processo, que tem como base a transformação digital. Seria muito complicado inaugurar rapidamente algumas unidades com o modelo tradicional. Com a SD-WAN conseguimos cumprir os prazos”.
Para uma implantação bem-sucedida de SD-WAN, Luzia recomenda que a equipe de TI entenda a fundo os negócios e aplicações da empresa, além de ter em mente um claro objetivo. “Não é uma solução simples e para toda a rede. No nosso caso, várias questões tecnológicas e culturais mostraram que ela fazia sentido e nos daria um bom TCO. Decidimos pela SD-WAN para melhorar, principalmente, a qualidade e agilidade dos negócios, além de diminuir o custo. Também levamos em conta a questão da segurança da informação”, resume a executiva.
A companhia vai continuar com links MPLS, mas eles serão utilizados de forma “mais inteligente” e para aplicações que demandam maior largura de banda, como no caso de exames de imagens, além de servirem como contingência. “A composição será feita de acordo com a necessidade de cada unidade. Essa é uma das grandes vantagens da SD-WAN, que dá ao usuário flexibilidade para utilizar tecnologias como ADSL e 4G, dependendo da aplicação que será trafegada. Isso diminui significativamente os custos de operação”.
Basicamente, a SD-WAN utiliza uma combinação híbrida de qualquer tipo de link com políticas centralizadas e orquestradas de forma dinâmica por meio do caminho mais adequado da rede de longa distância com balanceamento automático da carga de trabalho e gerenciamento do congestionamento da infraestrutura.
SD-WAN em números
Segundo um estudo da Nemertes Research, especializada em análises de mercado de tecnologias emergentes, dos EUA, a expectativa é de que em 2019 muitas empresas diminuam ou eliminem o uso de MPLS, à medida que implementam a SD-WAN – 23% dos participantes da pesquisa disseram já usar a SD-WAN.
Atualmente, 41,2% dos participantes do estudo eliminaram o MPLS, planejam bani-lo ou diminuir o seu uso. Na pesquisa de 2017, nenhum dos entrevistados havia abandonado o MPLS ou planejava fazer isso em curto. Já na edição 2018/2019, 19% dos participantes disseram que pretendem abandoná-lo como parte da estratégia SD-WAN.
Uma pesquisa da consultoria IDC, mostra que o faturamento mundial de infraestrutura de SD-WAN alcançou US$ 833 milhões, em 2017. O segmento está em rápida expansão e deverá crescer a uma GAGR – taxa anual de crescimento composta de 40%, entre 2017 e 2022, atingindo US$ 4,5 bilhões.