Segurança com confiança zero
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Não é nenhuma novidade que os hackers estão cada vez mais ousados e usam estratégias supersofisticadas capazes de destruir um negócio. Uma infraestrutura de rede segura e atualizada pode lhe dar uma certa tranquilidade.
Mas isso exige um bom conhecimento e investimentos em plataformas de múltiplas camadas que possam atrapalhar o trabalho dos cibercriminosos, entre outras ações, claro. O modelo de segurança de confiança zero, ou ZT – zero trust, pode ser parte desse processo. Basicamente, essa abordagem indica que nenhum usuário, mesmo estando dentro da rede, deve ser considerado seguro: é preciso sempre “desconfiar” e “examinar”.
Um artigo publicado nesta edição explica o que é esse conceito. Segundo o autor, o zero trust não é uma solução milagrosa e o seu grande impacto “só ocorre quando a arquitetura ZT é implementada de forma progressiva e bem fundamentada nos pilares, com monitoramento constante”. Ele ainda lembra que, “em média, esse modelo de segurança é colocado em prática ao longo de alguns anos, incorporando diversas disciplinas e projetos”.
De acordo com um relatório da empresa de pesquisas Research and Markets, no ano passado o mercado mundial de segurança zero trust movimentou US$ 22,06 bilhões. A expectativa é de que esse volume alcance a marca de US$ 59,43 bilhões em 2028, registrando uma CAGR – taxa de crescimento anual composta de 15,2% de 2021 a 2028.
Já um estudo global divulgado pela Intel mostra que as empresas buscam integrar soluções de segurança de hardware as suas estratégias zero trust. Espera-se que as companhias gastem US$ 172 bilhões em 2022 para ampliar os seus compromissos de segurança cibernética e melhorar as medidas de proteção. Apenas 36% dos entrevistados disseram que os atuais protocolos de segurança usam soluções de segurança assistida por hardware – desse percentual 32% implementaram infraestrutura zero trust e 75% têm interesse nesse modelo. O estudo foi conduzido pelo Ponemon Institute, de forma independente, com 1406 participantes nos EUA, Europa, Oriente Médio, África e América Latina que influenciam a tomada de decisão na área de TI de suas organizações em relação aos investimentos de segurança.
Outros assuntos desta edição são big data, contêineres, carreira, redes ópticas, enterprise domain, estratégias de TI para o trabalho híbrido e transformação digital.
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.