Segurança IoT e o blockchain
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Apesar de ser bastante associado às criptomoedas, o blockchain vem ganhando terreno em diversos setores. Há tempos, o assunto é abordado pela Infra News Telecom.
A tecnologia, que permite a troca de informações de forma mais ágil e transparente, é vista pelas empresas como uma ferramenta importante para garantir a confiabilidade e a segurança dos dados.
A IoT – Internet das coisas, que nos últimos anos tem sido um dos alvos preferidos dos hackers, é uma das aplicações que pode se beneficiar da tecnologia, projetada com base em um conjunto de regras pré-definidas, com o objetivo de torná-la à prova de violação.
De acordo com o estudo “Global Cyberattack Trends”, da SonicWall, empresa de segurança da informação, em 2020 os ataques de malware em dispositivos IoT aumentaram 66% ano a ano (34,3 milhões para quase 56,9 milhões). Apenas em outubro, 10,8 milhões de casos foram relatados, com o setor de educação sendo o principal alvo (71 ataques de malware de IoT em média por mês).
Um artigo publicado nesta edição exemplifica o uso conjunto da IoT e do blockchain na indústria de alimentos. Segundo o autor, quando o assunto é segurança “é cada vez mais crescente a criação de frameworks IoT que interagem com a cadeia de suprimentos usando blockchain, como empresas da rede “IBM Food Trust”, composta por mais de 200 organizações, dentre elas Carrefour, Nestlè, Walmart, Dole, Dellite e diversas gigantes do setor”.
Vale dizer que no ano passado, a Nestlè anunciou a expansão da plataforma de tecnologia blockchain “IBM Food Trust” para sua marca de café Zoégas. Basicamente, os consumidores do produto podem rastrear edições selecionadas do café de diferentes origens no Brasil, Ruanda e Colômbia. Também é possível ter todas as informações sobre o grão, como horário e local da colheita, período de torrefação e certificado de transação para remessas específicas, por meio da leitura de um código QR na embalagem.
Desde 2017, a Nestlè é membro da “IBM Food Trust”, uma rede colaborativa com foco na indústria de alimentos criada com base no blockchain e que utiliza código-fonte aberto.
Outro tema tratado nesta edição é a IaaS – Infraestrutura como serviço. O autor apresenta cinco fatores que têm atraído as empresas para esta modalidade de serviço.
As mudanças no comportamento do consumidor com o uso da Internet também é destaque. Um artigo desta edição mostra a importância do serviço de trânsito IP para ajudar os ISPs a entregar serviços de qualidade e a preços competitivos.
Boa leitura!
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.