Telcomp amplia atuação no país, com foco na região Nordeste
Redação, Infra News Telecom
Com o objetivo de melhorar a prestação dos serviços e criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento das telecomunicações no país, a Telcomp, associação que representa operadoras de telefonia móvel e provedores, iniciou uma série de ações na região Nordeste, a partir de Recife, PE. Inicialmente, serão tratados temas estratégicos para a implantação do 5G: o compartilhamento dos postes que sustentam redes de fibra óptica; cabos para distribuição de energia elétrica e iluminação; e antenas de telecom.
A entidade já vem participando de decisões regulatórias estratégicas em âmbito nacional, como na análise da venda da Oi Móvel pela Anatel e pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A associação acaba de revisar sua missão institucional, dando foco ainda maior à articulação com agentes regulatórios nacionais e regionais, fortalecendo o apoio às empresas no momento em que se inicia a implantação do 5G no Brasil, o que vai abrir um universo de oportunidades para o crescimento de toda a economia.
Integrante do conselho de administração da TelComp, Rui Gomes, CEO da Um Telecom e anfitrião da iniciativa, avalia que esta nova configuração da entidade e sua maior regionalização será bastante positiva para as empresas de telecomunicações do Nordeste. “A região tem sido uma das que mais cresce no fornecimento de serviços de Internet, mas precisamos que nossa representatividade se intensifique para termos uma infraestrutura adequada e um ambiente de desenvolvimento, para oferecermos serviços de internet e telefonia cada vez melhores e mais acessíveis à população”, diz.
A TelComp terá comitês, especialmente de infraestrutura, que auxiliarão as empresas de telecomunicações associadas em temas como coordenação de obras compartilhadas, relacionamento institucional com prefeituras e governos estaduais, detentores de “direito de passagem” em rodovias e ferrovias, além de distribuidoras de energia elétrica.
“O Nordeste vem se destacando no setor, sendo da região uma das empresas a participar, com êxito, do leilão de frequências do 5G, Também conta com estruturas estratégicas para as telecomunicações de todo o país como o hub de cabos submarinos e o Porto Digital, em Fortaleza, ou o ponto de troca de tráfego, em Recife. Além de ter muitos provedores regionais de Internet, empresas de telefonia móvel e uma invejável rede de cabos de fibra óptica que conecta todas as cidades do estado, o que mais do que justifica intensificarmos nossa atuação junto aos governos e outras empresas que tenham intersecção com o setor de telecom”, diz Luiz Henrique Barbosa, presidente da TelComp.
Nos últimos quatro anos, as operadoras de pequeno porte (operadoras competitivas), conquistaram mais de 12 milhões de novos acessos em banda larga, sendo, desde 2017, as únicas do setor a registrarem crescimento. Segundo a Telecomp, essas empresas têm um market share individual de, no máximo, 2% em banda larga no Brasil (todas as companhias do setor, exceto as quatro maiores), mas, em conjunto, elas possuem 44% das conexões de banda larga fixa.
De acordo com uma pesquisa da entidade, 73,2% dos acessos por meio de operadoras competitivas – que lideram o mercado em 84% dos municípios brasileiros – são de velocidades maiores que 34 Mbps. Este índice é superior ao da média oferecida para os clientes das grandes operadoras.