UFFO – Conheça as cinco tendências que impulsionam a adoção do armazenamento mais moderno (e rápido)
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil
Existem grandes marcos na história do armazenamento corporativo de dados. Desde o desenvolvimento do armazenamento em blocos nas primeiras gerações de computadores, passando pelo armazenamento de files quando surgiram os PCs, até o armazenamento de objetos que ganhou destaque com a evolução da web.
Cada uma dessas cargas de trabalho de armazenamento desempenha funções importantes. Os aplicativos que utilizam o armazenamento de files se tornaram mais exigentes, os de banco de dados ficaram mais sofisticados e a web, a IoT e a demanda por análise de dados explodiram as buscas por armazenamento de objetos.
Conforme transformamos a forma como utilizamos os dados, algumas lacunas técnicas entre essas cargas de trabalho trouxeram desafios que precisavam ser superados com urgência. Esse fator deu origem a uma nova categoria de armazenamento para atender às necessidades dos dados modernos: o armazenamento rápido e unificado de file e objetos (UFFO, sigla para Unified Fast File and Object).
Mudança catalisadora
Uma experiência moderna com os dados facilmente acessíveis, comutáveis e entregues em tempo real onde são necessários, não respeita os silos técnicos que de fato existem entre diferentes ambientes. No passado, cada carga de trabalho de dados em grande parte residia e era usada em seu respectivo armazenamento de dados. Por exemplo, os aplicativos de banco de dados estariam baseados em recursos de blocos dedicados; os arquivos permaneceriam em armazenamentos de files e os aplicativos da web dependeriam dos recursos de armazenamento de objetos.
Isso não significa que os armazenamentos de file e objetos tenham sido negligenciados pela inovação. O “fast file” surgiu para fornecer alto desempenho consistente em arquiteturas tradicionais para arquivos pequenos ou grandes e cargas de trabalho de arquivos sequenciais ou aleatórios.
No entanto, com os dados modernos exigindo todos os itens acima ao mesmo tempo, surgiram as limitações. Da mesma forma, o armazenamento de objetos passou por sua própria transformação. Construído inicialmente para abrigar grandes quantidades de dados não essenciais, essa opção surgiu para atender às demandas dos aplicativos nativos da nuvem. Esses aplicativos usavam objetos como armazenamento padrão e, portanto, exigiam níveis de desempenho mais altos para processar as cargas de trabalho.
A luz no fim do túnel foi a ideia inicial de reunir as duas modalidades para gerar um benefício potencializado para as empresas a partir de um armazenamento multifuncional, de alto desempenho e baixa latência e custo gerenciável. Mas, como sabemos que à medida que a tecnologia e a economia avançam, surgem também as implicações de arquitetura. Logo, diferentes níveis e tipos de armazenamentos gerariam uma complexidade operacional obviamente indesejada.
A chegada do UFFO
Esses desafios operacionais culminaram no surgimento da plataforma de armazenamento UFFO. Desenvolvida para combinar os recursos de armazenamento rápido de files e objetos sob o mesmo teto, ela permite que as empresas supram suas necessidades de dados e aplicativos modernos, e possam inovar com mais agilidade.
Veja abaixo as cinco tendências que impulsionaram a necessidade das empresas pelo armazenamento UFFO:
1 – O crescimento dos dados gerados por máquina. O uso cada vez mais intensivo de aplicativos e dados nas empresas exigem plataformas de armazenamento capazes de ler, armazenar grandes conjuntos de dados e combiná-los para fornecer dados estratégicos em tempo real, sem receio com complicações como alta latência ou períodos de inatividade.
2 – A ascensão e a popularidade do objeto rápido. Para que as análises em tempo real, machine learning ou aplicativos de IA – inteligência artificial sejam capazes de gerar ROI, o desempenho deve ser consistentemente alto. A demanda por armazenamento rápido de objetos cresceu rapidamente devido a sua capacidade de atender aos fluxos de trabalho de desenvolvimento de software e machine learning de forma econômica.
3 – Reutilização de dados em aplicativos. Nessa era moderna, os aplicativos de alto desempenho e com muitos dados, sejam análises em tempo real ou IA, exigem o uso de vários conjuntos de dados a partir de diversos aplicativos. A convergência entre arquivo rápido e objeto é um facilitador essencial que permite a reutilização de dados de forma mais fácil e limita o impacto de desempenho em qualquer aplicativo.
4 – Apetite do mercado por desempenho confiável e consistente: tecnologias emergentes, como deep ou machine learning, dependem de aplicativos que exigem alto rendimento computacional. Com o UFFO, as empresas podem abrigar uma arquitetura massivamente paralela capaz de resolver os problemas de velocidade, confiabilidade e desempenho que ocorrem frequentemente em aplicativos com grande volume de dados.
5 – A possível interrupção causada por ataques ransomware. Não é segredo que o ransomware representa um desafio significativo nos setores público e privado. Ao convergir arquivo e objeto em uma plataforma, caso haja um ataque, as empresas conseguem restaurar rapidamente informações a até 270 Tb por hora a partir de uma cópia imutável de backup de dados. Isso reduz as interrupções a níveis mínimos e garante um retorno mais rápido atividades operacionais.
Esses cinco desafios estão moldando o futuro das demandas de dados modernos. Hoje, muitas empresas exigem armazenamento rápido de file ou de objeto, enquanto algumas já precisam de ambos. No entanto, se uma coisa é certa é que em pouco tempo a maioria das empresas enfrentará desafios que exigirão a atuação dos dois em conjunto.
Uma única plataforma que entrega rapidamente files e objetos com o desempenho multidimensional que essas cargas de trabalho exigem, e é sustentada pelo foco na simplicidade, tanto na arquitetura quanto na capacidade de gerenciamento, já se tornou uma demanda crescente e uma das tendências para este ano que se inicia.
Essa capacidade de consolidar, além de eliminar os silos, também oferece proteção ao investimento e ganhos de eficiência, tanto no data center quanto para as equipes que lidam com toda a complexidade de gerenciar ambientes separados de dados. É por isso que o surgimento de UFFO é de fundamental importância e, sem dúvida, impulsionará as inovações que estão por vir.
Paulo de Godoy tem 20 anos de experiência no mercado de TI, com foco em vendas de soluções para empresas de armazenamento, segurança, integração e interconectividade. O executivo ocupou cargos de liderança em empresas de destaque no setor tecnológico, como Hitachi, IBM e NetApp. Paulo iniciou as atividades na Pure Storage como gerente de vendas em 2014, e em 2016 assumiu a gerência geral da companhia no Brasil.