Virtualização e a TI verde
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
A virtualização das funções de rede (NFV) viabiliza a construção de redes mais eficientes, escaláveis e ágeis, permitindo à equipe de TI implementar novos serviços e aplicações em minutos ou segundos, em vez de semanas ou meses. Na prática, é possível introduzir serviços de forma mais gerenciada, com menos riscos de falhas.
Na lista de vantagens também estão a economia e a operação simplificada, já que esse tipo de infraestrutura agrega vários recursos em uma única plataforma de computação.
“A tecnologia também elimina a prática insustentável de enviar equipes de engenheiros e técnicos a cada filial para solucionar problemas e atualizar dispositivos. Resumindo, colocar aplicativos sensíveis à latência mais perto da borda da rede corporativa garante experiências de usuário de maior qualidade”, diz o Daniele Loffreda, conselheiro sênior de marketing de indústria da Ciena, em um artigo sobre o assunto publicado nesta edição.
Para ele, “os benefícios em termos de custo operacional de longo prazo e a capacidade de uma rede mais eficiente para fortalecer a fidelidade do cliente deverão fazer da virtualização uma prioridade para qualquer rede que deseje proteger ou expandir sua participação no mercado”.
Em conjunto com outros recursos e tecnologias, como a computação em nuvem, a NFV também é um elemento importante para os ambientes baseados no conceito de TI verde. Em linhas gerais, a arquitetura colabora com a economia de recursos de TI, reduzindo o consumo de energia e exigindo menos espaço nos data centers, por exemplo.
Também em um artigo desta edição, Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil, explica que “para enfrentar os desafios de sustentabilidade e responsabilidade ecológica, as empresas precisam adotar soluções que ofereçam escalabilidade de hardware sem limites de tempo, capazes de se adaptar às necessidades de mudança dos clientes devido ao aumento exponencial no volume de seus dados, e permitir que adquiram mais capacidade de armazenamento”.
De acordo com um estudo da Mordor Intelligence, empresa de inteligência de mercado, o segmento global de serviços de TI verde foi avaliado em US$ 11,28 bilhões no ano passado e a expectativa é de atingir US$ 20,48 bilhões até 2026, com uma CAGR – taxa de crescimento anual composta de 10,47% entre 2021 e 2026.
O uso de fontes “verdes” é uma tendência mundial amplamente adotada em todo o mundo, já que a economia de custos e a otimização de recursos têm se mostrado favorável para todas as indústrias. Além disso, há uma crescente busca pelo consumo sustentável e a redução da pegada de carbono. Assim, companhias de todo o planeta já começaram a jornada para melhorar a eficiência das suas operações e essa estratégia passa por soluções de TI e infraestruturas de redes inovadoras, capazes de preservar o meio ambiente.
Boa leitura!
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.