Você domina o tempo ou é dominado por ele?
Edgar Amorim, facilitador DiSC e coach executivo, da Amorizar Pessoas
Já escrevi algumas vezes sobre planejamento, porém de nada adianta planejar se não há execução – e executar requer disciplina e tempo. Ser disciplinado é saber que se tem algo a fazer, e fazê-lo. Pode exigir pouco ou muito esforço, mas depende só de nós.
Já o tempo, apesar de também depender quase que totalmente só de nós, parece ser “pouco” para fazermos tudo o que precisa ser feito. Dizem que uma das coisas mais escassas atualmente é o tempo, além do dinheiro.
E da mesma forma que a tecnologia nos ajuda muito, ela também nos faz desperdiçar o tempo.
O primeiro passo para dominar o uso do tempo é tomar ciência de como estamos usando-o. Para tanto, a primeira sugestão é anotar as atividades que você faz ao longo do dia. Após uma análise de como estamos utilizando nosso tempo é possível planejar as atividades de forma mais adequada. Também é importante usar uma ferramenta de gestão do tempo, como uma agenda que inclua lembretes – hoje temos até “assistentes virtuais”, como a Alexa, por exemplo.
Porém, uma parte essencial é fazer um esforço para manter a disciplina de planejar e utilizar a ferramenta de gestão do tempo escolhida. No começo pode ser difícil, porém, à medida que repetimos esse “novo hábito”, nossa mente começa a colocá-lo em modo automático e depois de algum tempo a gente não precisa fazer o tal “esforço inicial”. A PNL – Programação Neuro Linguística diz que após 21 dias de esforço para executar um novo hábito ele passa para o modo automático. Um bom exemplo dessa situação é a pessoa que vai tirar a carteira de motorista e sofre muito no início do aprendizado. Após ser aprovado nos exames e começar a dirigir continuamente, em pouco tempo ela nem percebe que troca as marchar do veículo (de câmbio manual). Assim também é com qualquer novo hábito, inclusive o de se disciplinar para gerir melhor o tempo.
Uma parte muito importante nesse processo de dominar o tempo é identificar os “desperdiçadores”. Isso deve ser feito na fase inicial, quando se analisa como nosso tempo está sendo utilizado. E é aqui que a coisa começa complicar. A tecnologia propícia muitos prazeres que os humanos adoram – principalmente com as redes sociais e com os aplicativos de comunicação. Muitas vezes tudo isso nos domina e quando percebemos muito tempo se passou. Ou, se não conseguimos “dar uma olhada”, ficamos ansiosos e isso interfere na produtividade.
Esse é um ponto crucial e o primeiro passo para lidar com ele é tomar consciência do quanto as “redes sociais” e “mensageiros” tomam de nosso tempo. Para superar isso faça algumas perguntas sobre seus “desperdiçadores”, principalmente as “redes sociais”:
• Isso contribui para minha atividade profissional?
• Em qual horário posso executar uma atividade “desperdiçadora” para não atrapalhar o meu trabalho?
• Qual é a minha necessidade pessoal que essa atividade satisfaz?
• De que outra maneira posso satisfazer essa necessidade pessoal de forma mais produtiva?
• Qual é a atividade que devo focar na próxima hora para ser produtivo?
Responder essas perguntas pode nos fazer refletir sobre formas de melhor utilizar nosso tempo e até de combater os desperdiçadores.
Resumindo, anote e analise as atividades que pratica no dia a dia, identifique os desperdiçadores, pense em estratégias para eliminá-los, use uma agenda – só execute o que estiver planejado na agenda – e lembre-se de deixar um tempo “livre” para atividades imprevistas e também para o descanso.
Gestão do tempo é uma das competências mais importantes atualmente – e irá se tornar cada vez mais essencial. Por isso, dê atenção ao seu desenvolvimento.
Sucesso!
É instrutor certificado Everything DiSC®️ formado pela Wiley Publishing, nos EUA, Coach Executivo e analista comportamental pela Sociedade Latino Americana de Coaching, associada da International Association of Coaching (IAC). Pós-graduado em sócio-psicologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, MBA em Administração de Negócios pelo Instituto Mauá de Tecnologia e engenheiro eletrônico pela Faculdade de Engenharia São Paulo. Tem mais de 40 anos de experiência em organizações de vários portes, incluindo multinacionais, onde assumiu funções de operações e executivas.