Você já pensou em ter uma segunda atividade profissional?
Edgar Amorim, Analista comportamental e coach, da Amorim & Pimentel
Que tal ter uma segunda atividade profissional? Refiro-me a um outro negócio e não a um “plano B”. É relativamente comum dizer que os profissionais de todas as áreas deveriam ter um “plano B” para o caso de serem demitidos ou para enfrentarem situações imprevisíveis, como na atual pandemia. Em geral, o “plano B” fica só na ideia e seria implementado no caso da perda do emprego.
Há algumas semanas participei de um webinário onde um profissional que tinha sido diretor de RH, de uma grande consultoria internacional, contava a sua experiência em diversas situações. Ele mencionou que sempre dizia aos seus colaboradores para que procurassem ter um segunda atividade, um negócio próprio, para evitar surpresas, no caso de demissão. Ele citou que em alguns países europeus isso é relativamente comum. Nestes países, as pessoas têm um emprego e ao mesmo tempo tem uma pequena loja de roupas ou um pequeno comércio.
Isso não é nada comum aqui no Brasil. São raras as pessoas que têm um planejamento de carreira e mais raro ainda alguém que tenha um “plano B” – que dirá um negócio próprio. Isso está muito enraizado em nossa cultura, que de certo modo vem de uma época em que a pessoa nascia, crescia, estudava, conseguia um emprego e ficava nele até se aposentar. Faz tempo que esse cenário praticamente acabou, porém ainda sentimos as suas influências e uma delas é ter a percepção que se estamos empregados não há espaço para uma segunda atividade. Isso é muito viável, já conheci pessoas que tinham uma segunda atividade com um negócio próprio e ele cresceu tanto que acabou se tornando a atividade principal.
Essa é uma sugestão para se pensar. Não seria maravilhoso ter um emprego e conseguir ao mesmo tempo gerir um negócio próprio? As vantagens são inúmeras: mais uma renda, diminui a dependência de emprego, possibilita adquirir novas habilidades (como gerir um negócio, por exemplo), aumenta o seu networking, amplia a sua visão de negócios e, eventualmente, você até cria vagas de emprego.
É claro que toda mudança na vida exige um esforço, mas lembre que depois de algum tempo tudo fica automático em nossa mente e passa a fazer parte do nosso repertório de habilidades e hábitos “automatizados”.
Não existe nada que proíba ou nos impeça de pensar em ter uma segunda atividade – a não ser nós mesmos. Que tal começar a pensar na possibilidade de uma segunda atividade? Pense, planeje e aja!
Sucesso!
É instrutor certificado Everything DiSC®️ formado pela Wiley Publishing, nos EUA, Coach Executivo e analista comportamental pela Sociedade Latino Americana de Coaching, associada da International Association of Coaching (IAC). Pós-graduado em sócio-psicologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, MBA em Administração de Negócios pelo Instituto Mauá de Tecnologia e engenheiro eletrônico pela Faculdade de Engenharia São Paulo. Tem mais de 40 anos de experiência em organizações de vários portes, incluindo multinacionais, onde assumiu funções de operações e executivas.