Você quer um GBIC? Tem certeza?
Ronaldo Couto, Fundador da Primori
Quem nunca procurou por um GBIC de 20 km para um projeto de um enlace ponto a ponto?
É comum ouvir um técnico se referir a um transceptor óptico como sendo um GBIC. No entanto, o termo GBIC é apenas um dos diversos modelos de transceptores que estão disponíveis no mercado.
Os transceptores ópticos são dispositivos optoeletrônicos que possuem a capacidade de converter sinais elétricos em pulsos luminosos e vice-versa. Para tanto, eles possuem internamente um emissor de luz e um detector óptico, conforme mostra a figura abaixo.
Historicamente, os projetistas de sistemas de telecomunicações tinham de escolher entre desenvolver equipamentos com portas fixas de cobre ou portas fixas ópticas para as aplicações e interfaces de entrada/saída. Com o crescimento do mercado de TI, a dúvida era decidir quantas portas de cobre e quantas ópticas (multimodo ou monomodo) os equipamentos para LANs e WANs deveriam ter para atender às necessidades do mercado.
Para responder a esta dúvida, a indústria criou o “pluggable form factor”, desenvolvendo primeiro GBIC e, posteriormente, migrando para o SFP, XFP, SFP+, etc.
GBIC ⇒ Gigabit Interface Converter
SFP ⇒ Small Form-Factor Pluggable
XFP ⇒ 10 Gigabit Small Form Factor Pluggable
SFP ⇒ Small Form-Factor Pluggable Plus
Conforme indicado abaixo, estas siglas também definem as características dimensionais de cada transceptor óptico. Desta forma, os roteadores e switches definirão se é necessário um transceptor GBIC, SFP ou XFP para conectar as suas portas.
No entanto, não é apenas o dimensional que deve ser conhecido no momento de definir o transceptor para o projeto de um enlace óptico.
Na tabela abaixo estão as características mais importantes na escolha correta de um transceptor.
Da próxima vez que pensar em um transceptor óptico, pense bem: você quer mesmo um GBIC?
Atua há 25 anos nos mercados de telecomunicações e de redes de fibras ópticas. É graduado em Engenharia de telecomunicações pelo Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações e MBA Executivo pelo Insper–SP. Foi executivo da AGC NetTest para projetos, implantação, operação e manutenção de redes de fibras ópticas. Atuou pela UL – Underwriters Laboratories e DQS Deutsche Gesellschaft zur Zertifizierung von Managementsystemen e na área de exportação para a América Latina pela Metrocable, fabricante de cabos ópticos. Em janeiro de 2020 fundou, em conjunto com Rogério Couto, a PROISP, uma empresa de consultoria e qualificação profissional que, além de trazer os conteúdos que fizeram seu sucesso, agrega agora módulos inéditos de treinamentos, como comunicação, finanças, DWDM, recursos humanos e suprimentos cobrindo todas as áreas fundamentais para a operação de uma empresa de Internet.