Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E: Conexões mais rápidas e compatibilidade com os mais diversos dispositivos
Simone Rodrigues, Editora da Infra News Telecom
Esta edição da Revista Digital Infra News Telecom traz uma matéria especial sobre as tecnologias Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E. Patrocinado pela WDC Networks, empresa de tecnologia que atua nos setores de telecomunicações, energia solar, data center e corporativo, listada na B3, e produzido pela equipe de redação da Infra News Telecom, o conteúdo mostra que as tecnologias começam a mudar o mercado de telecom, com conexões mais rápidas e melhor compatibilidade com os mais diversos dispositivos.
Os novos padrões IEEE 80211ax trazem benefícios significativos para usuários residenciais e corporativos e se mostram uma excelente oportunidade para melhorar o serviço prestado pelas operadoras de telecom e ISPs – provedores de serviços de Internet. As tecnologias Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E permitem atender a mais usuários, com uma banda significativamente maior e redução do consumo energético, além de oferecerem maior confiabilidade da conexão, cobertura e qualidade de sinal.
Segundo Matheus Costa, analista de pesquisa e consultoria de infraestrutura de TIC da IDC Brasil, os equipamentos Wi-Fi 6 já correspondem a mais de 60% das vendas do mercado empresarial de WLAN. E isso é só o começo. Com o aumento do número de dispositivos conectados e a chegada do 5G, o Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E vão ganhar cada vez mais espaço. “O Wi-Fi 6 entrega o que está no topo da lista de desejos dos usuários de internet, que é poder andar livremente por sua casa/empresa sem interrupção ou queda de velocidade no sinal de Wi-Fi. Em um mercado altamente competitivo, com clientes cada vez mais exigentes e impacientes, podemos afirmar que este não é um diferencial qualquer, e pode destacar um ISP regional frente aos concorrentes”, diz Marcelo Rezende, diretor de operações da WDC Networks, em um outro artigo publicado nesta edição.
No entanto, ainda há alguns desafios para a consolidação dos padrões, em especial o Wi-Fi 6E. Francisco Soares, vice-presidente de relações governamentais da Qualcomm, alerta que é preciso aprovar a regulamentação do AFC – Automated Frequency Coordination, que está em avaliação pela agência reguladora e permitirá escalar a tecnologia para uso outdoor, garantindo que não haja inferências com os sistemas fixos operando na mesma banda.
Edelberto Franco Silva, do departamento de Ciências da Computação da Universidade Federal de Juiz de Fora, de Minas Gerais, ainda aponta o custo inicial dos equipamentos e questões como compatibilidade, investimento em hardware, configuração e gerenciamento de rede mais complexos e interferência. “Uma vez que existem pontos de acesso que suportam a tecnologia, é necessário que hardware de dispositivos móveis, como smartphones, também a suportem e há a necessidade de configuração do equipamento para fornecer todas as características do padrão, o que pode necessitar de especialistas, ou então limitar o ganho na adoção do equipamento com a nova tecnologia.”
Outros temas desta edição são big data, inteligência artificial, carreira, open gateway APIs e medidas de tempo & frequência e suas aplicações.
Simone Rodrigues é jornalista, com pós graduação em comunicação jornalística, além de especialização em mídias sociais. Tem 20 anos de vivência no mercado de infraestrutura e redes de telecomunicações. É fundadora da Infra News Telecom.